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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Estudo Sobre a Lei de Deus

A Bíblia apresenta claramente a existência de duas leis, uma moral e outra cerimonial. Embora as duas tenham sido criadas pelo próprio Deus, elas diferem em natureza e propósito. Vamos observar algumas dessas diferenças:

* No Caráter – A primeira é perfeita. Salmo19:7, A segunda é imperfeita. Hebreus 7:19. Uma é santa e justa Romanos. 7:12, A outra é fraca. Hebreus 7:18. A primeira gera liberdade. Tiago 2:12, A segunda, gera escravidão.. Isaías 28:13. Uma produz vida. Ezequiel 20:11, A outra produz a morte. Ezequiel 20:25.

* No Destaque – A Lei moral foi escrita por Deus. Êxodo 31:18, A cerimonial, foi escrita por Moisés. Deut. 31:9. A primeira foi escrita em tábuas de pedra. Êxodo 31:18, A segunda foi escrita em um livro. Deuteronômio 31:24. A Lei moral foi colocada dentro da Arca. Deuteronômio 10:5, A lei cerimonial foi colocada ao lado, mas fora da arca. Deuteronômio 31:26. A primeira é chamada de: “Lei Real” Tiago 3:8, A segunda é chamada de: “lei de sombras” Hebreus 10:1

* Na Duração – A lei moral, Jesus diz que não passará. Mateus 5:18, A cerimonial, Paulo diz que foi abolida. Efésios 2:15. A primeira diz que está firmada. Salmo 119:152, A segunda diz que foi removida. Uma é eterna. Salmo 119:144, a outra diz que houve mudança. Hebreus 7:12. A lei moral é inviolável. Salmo 89:34, a lei cerimonial diz que foi dada até que viesse o descendente. Gálatas 3:19

Mediante estes textos Bíblicos fica clara a existência de duas leis. Mas a Bíblia vai mais além, ela identifica qual é a lei moral e qual é a lei cerimonial. Vejamos:

A Lei Moral – Êxodo 20:3-11, fala aqui da Lei dos Dez mandamentos. Os primeiros quatro falam do nosso dever para com Deus, e os seis últimos, do nosso dever para com o próximo. Foi dessa Lei que Jesus disse que não veio ab-rogar. Observe atentamente Mateus 5:17 com os versos 21,27. Esta mesma lei é repetida diversas vezes no Novo Testamento, conforme podemos ver em: Atos 14:15, João 5:21, Tiago 5:22, Hebreus 4:4,9. Efésios 6:1, Romanos 13:9, 1. Corintios 6:9-10, Efésios 4:28, Colossenses 3:9, e Efésios 5:3.

A lei Cerimonial – é também identificada em vários lugares nas Escrituras. Observe: Oséias 2:11, Gálatas 4:8-11, Colossenses 2:14,16-17,20-23, Hebreus 10:4, Gálatas 5:2. Aqui se faz clara referências à: dias, festas, meses, tempos, anos, comidas, bebidas, a questão de tocar ou não tocar, sacrifícios de animais e a lei da circuncisão.

Observação: Quando se estuda a diferença das duas leis podemos observar ainda que uma ensina princípios morais, e a outra, princípios cerimônias. Uma se aplica à vida pessoal, a outra se aplica aos rituais. A primeira vale em todas as circunstâncias, a segunda, é de acordo as circunstancias. Desse modo fica claro o fato de que cada lei exposta na Bíblia cumpre um determinado propósito.


PORQUE FOI DADA A LEI CERIMONIAL

No livro de Ezequiel capítulo 20:11, Deus declara que deu a Israel um conjunto de normas que se eles cumprissem, poderiam viver, mas infelizmente eles não deram ouvidos e não apreciaram a importância e beleza dessas normas. Verso 13. Por esta razão, foi acrescentada uma segunda lei bem diferente da primeira, enquanto aquela era estatutos e juízos da vida, a segunda era estatutos e juízos da morte. Ver verso 24,25.
O profeta Isaías fala desse mesmo assunto no capítulo 28, nos versos 10, 11,12. Os preceitos e regras apresentados aqui têm sua origem na lei do amor, pois cuidar e zelar do próximo faz parte da lei moral. Dessa lei Deus declara no verso 12: “este é o descanso”, mas eles não quiseram ouvir. Em conseqüência a este ato de rebeldia, o verso 13 revela o acréscimo de regras e preceitos que não trariam nem um bem. Trariam: laços, prisão, quebrantamento e queda.
O apóstolo dos gentios declara a existência de uma lei adicionada, vinda à existência por causa da transgressão. Gálatas 3:19 e a escritora Ellen G. White faz nisto um interessante comentário. Diz Ela: “Se o homem houvesse guardado a lei de Deus, não havia necessidade de se ordenar a circuncisão... e se o povo houvesse praticado os princípios dos Dez Mandamentos, não teria havido necessidade das instruções adicionais dadas a Moisés.” Patriarcas e Profetas páginas 220 e 222 (Ed. Condensada). Diante desses fatos, podemos concluir que a razão pela qual veio à lei cerimonial foi por causa da própria dureza do povo em ouvir e obedecer à lei moral. No entanto olhando para outros textos das Escrituras Sagradas, podemos enxergar uma segunda razão pelo qual a lei cerimonial veio à existência. Em Hebreus 10:1 e Colossenses 2:16-17, aponta que a lei cerimonial, eram sombras, ou figuras da realidade, realidade esta que apontava para Cristo. Hebreus 9:11. Por isso podemos chegar à conclusão final de que a lei cerimonial embora tenha sido dada em razão do pecado, também serviu para apontar àquele que tiraria o pecado. João 1:29.

PORQUE AS FESTIVIDADES JUDAICAS SÃO LEIS CERIMONIAIS?

Vamos examinar oito verdades extraídas dos livros de Oséias 2:11, Gálatas 4:8-11, Colossenses 2:16-17 e Hebreus 10:1

1º Elas deveriam cessar. Oséias 2:11

2º Observá-las, não significa avançar no conhecimento de Deus. Gál. 4:9

3º São classificadas como: “rudimentos fracos e pobres”. Gál. 4:9

4º Sua observância após a cruz é uma volta à escravidão – Gál. 4:9

5º A pregação dessas leis consiste em anular o trabalho de Paulo. Que por sua vez, trabalhava para Deus. Ver Atos 9:15

6º A igreja não deve se julgada por estas leis. Colossenses 2:16

7° Estas leis são sombras de bens futuros. Colossenses 2:17

8º A lei que contem sombras de bens futuros é imperfeita, e não reflete a imagem das coisas. Hebreus 10:1

PARA REFLEXÃO - Querido irmão: Só Cristo é a imagem exata das coisas da quais aquelas leis eram sombras. Com quem devemos apegar? Com a sombra ou a Realidade?

Diante desse fato, surge aqui uma pergunta importante: Em Colossenses 2:16 e Gálatas 4:10, Paulo não está incluindo também o sábado semanal? Vejamos porque não:

1. O Sábado do sétimo dia faz parte da lei moral, escrita pelo próprio Deus. Êxodo 31:18
2. Foi criado antes que o pecado entrasse no mundo. Gênesis 2:1-3
3. Somente dele se diz: “Descansou, Abençoou e Santificou”. Gênesis 2:2-3
4. Ele é chamado de: “Meus Sábados” Êxodo 31:13, “Meu santo dia” Isaías 58:13
5. É sinal entre Deus e seu povo. Ezequiel 20:20
6. Jesus guardou o sábado e ensinou o modo correto de guardar. Lucas 4:16, Mateus 12:12
7. Os discípulos guardaram mesmo depois da cruz. Lucas 23:56 e Atos 18:4,11
8. O sábado estaria envolvido na última controvérsia. Mateus 24:20
9. Resta ainda um sábado, no tocante ao sétimo dia. Hebreus 4:4,9
10. João dá referencia ao sábado do sétimo dia. Apocalipse 1:10
11. Este sábado será celebrado na Nova Terra. Isaías 66:23

IMPORTANTE: Há diferenças claras entre o Sábado moral e entre os sábados cerimoniais. O Sábado Moral foi instituído na criação. Os sábados cerimoniais instituídos no Sinai. O Sábado Moral Deus descansou. Nos sábados cerimoniais Deus não descansou. Um foi escrito pelo próprio Deus, os outros foram escrito por Moisés. O primeiro é guardado a cada semana. Os demais é guardado sete vezes no ano. O Sábado Semanal é um sinal eterno. Êxodo 31:13,17. Os outros deveriam cessar. Oséias 2:11.

CORRIGINDO EQUIVOCOS

Êxodo 31:13 não incluem os sábados anuais?
Resposta: Pelo contrário, os versos 14-18, revelam como clareza que estes sábados, referem-se ao semanal. Análise o verso 13 com o verso 17.

A palavra: “ Meus Sábados” só se refere ao sábado semanal?
Resposta: É o próprio Deus que faz distinção de: “Meus Sábados” Ezequiel 20:20, e de: “seus sábados” Oséias 2:11. “Meu santo dia” Isaías 58:13 de: “vossos sábados” Levítico 23:32; 26:35

Malaquias 4:4 não é um chamado a guardar toda a lei com seus estatutos e juízos?
Resposta: É um chamado a guardar sim, toda a lei que ainda não alcançou o seu cumprimento. Observe o que Jesus disse: “Nem um til ou um “J” se omitirá da lei até que tudo se cumpra.” Mateus 5:18

Hebreus 8:8-10 não dizem que nos últimos dias as leis de Deus seriam escritas em nossos corações?
Resposta: É verdade, mas como já se disse somente às leis que não foram cumpridas. Mas para tirar qualquer dúvida, vamos ver aqui o quanto este texto fala sobre a Lei do Decálogo.
1° O verso 10 diz que Deus escreve. Pergunta: Que Lei Deus escreveu?
2° No verso 9 Deus diz que não fará como na primeira aliança. Pergunta: Como Deus fez com a primeira? Na primeira aliança Deus escreveu a Sua Lei em tábuas de pedras (algo como fora do homem – daí a razão por eles terem falhado), mas agora esta lei está sendo escrita dentro do homem. (na mente e no coração).
3° No capitulo 9:4 fala que as tábuas estão relacionadas à Aliança.
4° Falando desta obra de inscrição, o Apóstolo dos gentios faz referência clara à Lei dos Dez Mandamentos 2º Coríntios 3:3. 5° Todas as demais leis que não contem aspectos cerimoniais, circunstanciais ou locais, entram na Nova Aliança.

Colossenses 2:16-17 não transfere estas leis para o nosso tempo?
Resposta: Mediante as oito verdades apresentadas sobre estas ordenanças, temos razão suficiente para crer que Paulo jamais quis dizer isto. 1° Quando ele disse que estas ordenanças eram sombras, revelou que elas fazem parte de um conjunto de leis imperfeitas. Analise Hebreu 10:1. 2° Os bens futuros apenas apontam aspectos da salvação. Observe Hebreus 9:11. 3° O verso 14 revela o cancelamento de certas ordenanças. Mas só é possível identificá-las nos versos 16 e 17. Estes últimos versos é uma conclusão do assunto iniciado no verso 14. Portando não se pode ler ou entender estes versos separadamente. A Igreja não deveria ser julgada só pela razão apresentada no verso 17, mas pela razão primeiramente exposta no verso 14.

Uma Ilustração: As leis de sacrifícios cessaram, mas o cordeiro que é o objeto da sombra ou figura da realidade ainda aparece. Veja João 1:29 e Apocalipse 5:6. Mesmo que o símbolo apareça não significa que a lei de sacrifícios deva vigorar. Assim se dá com a lei em questão. As ordenanças com seus sábados anuais, luas novas, comidas e bebidas cessaram. Oséias 2:11, mas se elas ainda aparecem como sombra é apenas para mostrar a realidade, e não como regra normativa para a igreja.

De acordo com Atos15: 28-29: 16:31, todas as leis foram suspensas por um grande período?
Resposta: A lei de Deus nunca foi suspensa. Os princípios morais sempre vigoraram.

1. Foi pregado na Igreja Cristã. (ver identificando a lei moral na pág. 1)
2. Na idade medieval e média foram pregadas. O Grande Conflito pág. 40 (Edição Condensada)
3. Hoje é pregado mundialmente a da Lei de Deus.
4. Não existem leis suspensas por um período. Ou elas cessam inteiramente Col. 2:14, ou elas ficam para sempre. Salmo 119:144.

Paulo guardou a lei cerimonial após a cruz conforme Atos 16: 21:24-26; 24:14;27:9?
Resposta: O Apóstolo observou em algum momento certos ritos para acalmar preconceitos. Já em outras circunstâncias, ele se conformava aos costumes daqueles que pretendia salvar. 1º Coríntios 9:19-23

Paulo vacilou, equivocou-se ou escreveu opinião pessoal sobre a lei. Principalmente em Gálatas 4:8-11. Quando diz que a lei de Deus são rudimentos fracos e pobres.
Resposta: Há um grande perigo nesse raciocínio, pois coloca em dúvida qualquer parte das Escrituras que não estiverem de acordo com o nosso pensamento. 1° Paulo ao classificar a lei de rudimentos fracos e pobres certamente está se referindo a lei cerimonial. 2° Não existe nenhuma parte da Bíblia de particular interpretação. 2° Pedro 1:20-21. 3° Paulo possuía a verdade de Cristo. 2° Coríntios 11:10. O que escreveu eram mandamentos do Senhor. 1° Coríntios 14:37.

Os dias, meses, tempos e anos que os Gálatas estavam voltando a guardar eram as festividades pagãs e não as que pertenciam a lei.
Resposta: Esta afirmação não tem apoio da Bíblia. Vejamos porquê:

1. Em Atos 15:5, fala de fariseus que se insurge entre os cristãos, persuadindo-os a guardarem a circuncisão e a lei de Moisés. Ver também 2° Coríntios 11:20,21.
2. Grande parte da exposição de Paulo no livro de Gálatas fala sobre a lei e não sobre costumes pagãos. Ver os capítulos 2:21,3:5,11,24
3. Quando Paulo diz: “Estais voltando outra vez”, era porque os Gálatas uma vez libertos da escravidão dos ritos pagãos, agora estavam adotando os do judaísmo. Cada um desses sistemas era uma tentativa de salvação pelas obras. Romanos 3:24,28.
4. O fascínio dos Gálatas era com o sistema cerimonial. Capitulo 3:1-2.

O que são rudimentos visto em Gálatas 4:3, 9.
Resposta: Aqui significa começo. (Comentário sobre Gálatas pág. 78). Para um povo rude que acabara de sair da escravidão, estas festividades eram o começo do conhecimento. O ABC da verdade simplificada e falada na linguagem das crianças espirituais. Cap. 4:1-3. Logo que veio a plenitude dos tempos v.4, Deus não quería que ficássemos sujeitos aos rudimentos elementares. Como adultos espirituais deveriam avançar para um alimento mais sólido. Hebreus 5:13-14. Um conhecimento mais avançado dos quais estas ordenanças era apenas o começo.

PALAVRAS DE ENCERAMENTO:
Faz parte da natureza humana buscar a salvação pelos seus próprios esforços. Os povos pagãos introduziam isto em seu conceito sobre Deus. Os Judeus também assimilaram este conceito. Além da lei eles acrescentavam a economia judaica um conjunto de regras. Na era escura, quando o romanismo dominou o mundo, via-se pessoas zelosamente praticando várias obras para alcançar o favor de Deus. Em nosso tempo não está sendo diferente. A salvação pintada por alguns parece mais um conjunto de normas do que uma pessoa (Jesus). É mais um pacote de regras do que um Dom inefável. Há quem diga que 99% das pregações desses, é só sobre leis, preceitos, estatutos e juízos. Cristo fica nos míseros 1%. O resultado de tanto zelo logo se vê. Orgulho, pretensão, aparência, espírito de julgamento. 2° Coríntios 11:20 e Colossenses 2:23.
Minha oração é que estas pessoas enxerguem o quanto antes que não se pode comprar a salvação pelas obras. Mesmo que seja através das obras da Lei Moral. Jesus ensinou outro conceito de Salvação e Obediência, pois ela deve ser fruto do amor e comunhão João 14:15; 15:5. E mesmo a lei moral escrita no coração, é a obra de conversão feita unicamente pelo Espírito Santo. Hebreus 10:16-17. Deus nos abençoe.

Autor: Gerson de Menezes Silva

Gerson de Menezes Silva, é neto de Jose Gomes de Menezes fundador da ‘Igreja Adventista da Completa Reforma’ e Ex-Pastor da referida igreja.
Hoje ele é membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia

Postado com autorização do autor

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O Relógio que Bateu Treze Vezes à Meia-Noite

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Quando viajávamos na Palestina, de Nazaré para Tiberíades, conta o Rev. J. Bounsall passamos por uma estrada áspera e escabrosa. Durante a viagem um dos clérigos, que nos acompanhavam, contou como pela providência divina um homem inocente foi salvo de ser condenado como assassino.
Foi há alguns anos passados, quando, perto da meia-noite, dois homens paravam ao pé do relógio grande da cidade de Plymouth. Bateram as horas e ambos os homens contaram treze batidas e um disse para o outro que o relógio batera treze vezes em lugar de doze. Um desses homens era o capitão Jarvis. Não muito tempo depois o mesmo capitão Jarvis acordou uma manhã muito cedo, levantou-se e vestiu-se; depois desceu à porta da rua. Abriu-a e ficou deveras surpreendido por achar o criado à sua espera, como o cavalo arreado.
- Tive o pressentimento de que o senhor precisaria do cavalo, disse ele, de sorte que não pude ficar mais na cama e arreei-o.
O capitão primeiramente admirou-se, mas montou a cavalo e seguiu. Ele não governava o cavalo, mas deixava-o à vontade. Seguiu para o lado do rio e parou perto do lugar onde se achava a balsa que transportava os passageiros para a outra banda. Cresceu a admiração do capitão quando viu que o balseiro estava com a balsa pronta para transportar passageiros para o outro lado, pois ainda era muito cedo.
- Como é que você está aqui tão cedo? Perguntou o Sr. Jarvis.
- Não pude dormir mais, meu senhor, parecia-me que alguém precisasse passar para a outra banda do rio.
O capitão embarcou, com o cavalo, na balsa e logo chegaram ao outro lado. De novo soltou as rédeas e o cavalo seguiu estrada a fora. Após uma boa marcha chegaram a uma cidade. Indagou então de um dos transeuntes se sucedera alguma coisa de interesse na cidade.
- Nada, senhor, nada, a não ser o julgamento de um homem, que foi acusado de assassínio.
O capitão dirigiu-se para o edifício onde funcionava o tribunal do júri, apeou e entrou na sala quando o juiz perguntava ao acusado se tinha alguma coisa para alegar em sua defesa.
- Nada tenho a dizer, Sr. Juiz, senão que sou inocente, e que em todo o mundo há somente um homem que pode testificar da minha inocência, mas não sei o seu nome, nem a sua morada. Algumas semanas passadas aquele homem e eu estávamos juntos na cidade de Plymouth à meia-noite, e ambos ouvimos quando o relógio grande da cidade bateu treze vezes em vez de doze, por cujo motivo trocamos então palavras. Se ele estivesse aqui, confirmaria o que acabo de contar-lhes, senhores, mas não nutro a mínima esperança, porque não sei onde está.
- Estou aqui! Estou aqui! gritou o capitão; eu sou o homem que estava em Plymouth aquela hora e ouvi quando o relógio bateu treze vezes em lugar de doze. O que afirmou o preso é pura verdade: reconheço o homem. Na noite do assassínio, justamente na hora em que este foi cometido, ele estava comigo em Plymouth e observamos um ao outro o fato singular de bater o relógio treze vezes à meia-noite.
Assim estava provado que o homem era realmente inocente, e foi posto em liberdade. Quem pode deixar de reconhecer que neste caso a mão do nosso benigno Deus se manifestou evidentemente? Em primeiro lugar, quem dispôs os acontecimentos de modo que aqueles dois homens se encontrassem justamente àquela hora? Quem acordou o capitão àquela hora da manhã? Quem o fez descer à porta da rua? Quem acordou o criado e o constrangeu a arriar o cavalo do patrão sem ter recebido ordem da parte deste? Quem guiou até ao lugar da balsa o cavalo, cujas rédeas o capitão soltara? Quem acordou o balseiro e o fez descer ao rio? E quem fez o cavalo tomar a estrada que levava à cidade onde o pobre inocente ia ser condenado como assassino? Finalmente, quem foi que influenciou o capitão a entrar no edifício para assistir ao júri, justamente no momento mais próprio possível? Tudo isto fez Aquele cujo nome é: "Misericordioso e piedoso, grande em beneficência e verdade." - Souther Cross.

Do Livro Pérolas Esparsas - Casa Publicadora Brasileira
Edição antiga

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A Última Crise da Terra

Ampla Apreensão Pelo Futuro

O tempo presente é de dominante interesse para todo o vivente. Governadores e estadistas, homens que ocupam posições de confiança e autoridade, homens e mulheres pensantes de todas as classes, têm fixa a sua atenção nos fatos que se desenrolam em redor de nós. Acham-se a observar as relações tensas e inquietas que existem entre as nações. Observam a intensidade que está tomando posse de todo o elemento terrestre, e reconhecem que algo de grande e decisivo está para ocorrer, ou seja, que o mundo se encontra à beira de uma crise estupenda. Profetas e Reis, pág. 537.
As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são portentosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância. As forças do mal estão-se arregimentando e consolidando-se. Elas se estão robustecendo para a última grande crise. Grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 280.

Tempos turbulentos que Ocorrerão em Breve

O tempo de angústia, que há de aumentar até o fim, está muito próximo. Não temos tempo a perder. O mundo está agitado com o espírito de guerra. As profecias do capítulo onze de Daniel quase atingiram o seu cumprimento final. Review and Herald, 24 de novembro de 1904.
O tempo de angústia - angústia qual nunca houve, desde que houve nação (Dan. 12:1) - está precisamente sobre nós, e somos semelhantes às virgens adormecidas. Devemos acordar e pedir que o Senhor Jesus ponha debaixo de nós os Seus braços eternos e nos conduza durante o tempo de provação à nossa frente. Manuscript Releases, vol. 3, pág. 305.
O mundo está-se tornando cada vez mais iníquo. Em breve surgirá grande perturbação entre as nações - perturbação que não cessará até que Jesus venha. Review and Herald, 11 de fevereiro de 1904.
Estamos mesmo no limiar do tempo de angústia, e acham-se diante de nós perplexidades com que dificilmente sonhamos. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 306.
Estamos no limiar da crise dos séculos. Em rápida sucessão os juízos de Deus se seguirão uns aos outros - fogo, inundações e terremotos, com guerras e derramamento de sangue. Profetas e Reis, pág. 278.
Há perante nós tempos tempestuosos, mas não pronunciemos uma só palavra de incredulidade ou desânimo. Serviço Cristão, pág. 136.

Deus Tem Sempre Advertido de Juízos Vindouros

Deus sempre tem dado aos homens advertência dos juízos por vir. Aqueles que tiveram fé na mensagem por Ele enviada para seu tempo, e agiram segundo sua fé, em obediência aos Seus mandamentos, escaparam aos juízos que caíram sobre os desobedientes e incrédulos.
A Noé veio a palavra: "Entra tu e toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de Mim." Gên. 7:1. Noé obedeceu, e foi salvo. A Ló foi enviada a mensagem: "Levantai-vos, saí deste lugar, porque o Senhor há de destruir a cidade." Gên. 19:14. Ló colocou-se sob a guarda dos mensageiros celestes, e foi salvo. Assim os discípulos de Cristo tiveram aviso da destruição de Jerusalém. Os que estavam alerta quanto ao sinal da próxima ruína, e fugiram da cidade, escaparam à destruição. Assim agora estamos dando aviso da segunda vinda de Cristo e da destruição impendente sobre o mundo. Os que ouvirem a advertência serão salvos. O Desejado de Todas as Nações, pág. 634.

Deus nos Disse o que Podemos Esperar em Nosso Tempo

Antes de Sua crucifixão o Salvador explicou a Seus discípulos que Ele deveria ser morto, e do túmulo ressuscitar; anjos estavam presentes para gravar-lhes Suas palavras na mente e no coração. (Mar. 8:31 e 32; Mar. 9:31; Mar. 10:32-34.) Mas os discípulos aguardavam livramento temporal do jugo romano, e não podiam tolerar a idéia de que Aquele em quem se centralizavam todas as suas esperanças devesse sofrer uma morte ignominiosa. As palavras de que necessitavam lembrar-se, fugiram-lhes do espírito; e, ao chegar o tempo da prova, esta os encontrou desprevenidos. A morte de Cristo destruiu-lhes tão completamente as esperanças, como se Ele não os houvesse advertido previamente.
Assim, nas profecias, o futuro se patenteia diante de nós tão claramente como se revelou aos discípulos pelas palavras de Cristo. Os acontecimentos ligados ao final do tempo da graça e obra de preparo para o período de angústia acham-se claramente apresentados. Multidões, porém, não possuem maior compreensão destas importantes verdades do que teriam se nunca houvessem sido reveladas. O Grande Conflito, pág. 594.
As Profecias Referentes aos Últimos Dias Requerem Nossa Atenção
Vi então o terceiro anjo. (Apoc. 14:9-11.) Disse meu anjo acompanhante: "Terrível é sua obra. Tremenda sua missão. Ele é o anjo que deve separar o trigo do joio, e selar, ou atar, o trigo para o celeiro celestial. Essas coisas devem absorver toda a mente, a atenção toda." Primeiros Escritos, pág. 118.
Havemos de comparecer diante de magistrados para responder por nossa lealdade para com a Lei de Deus, para dar a conhecer as razões de nossa fé. E os jovens devem compreender estas coisas.
Devem saber o que há de vir a acontecer antes do encerramento da história terrestre. Estas coisas dizem respeito a nosso bem-estar eterno, e cumpre a professores e alunos dar-lhes mais atenção. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 411.
Devemos estudar os grandes sinais que indicam os tempos em que estamos vivendo. Manuscript Releases, vol. 4, pág. 163.
Os que se colocam sob a direção de Deus, para ser por Ele guiados, compreenderão a constante corrente dos acontecimentos que Ele ordenou. Serviço Cristão, pág. 77.
Precisamos ver na História o cumprimento da profecia, estudar as atuações da Providência nos grandes movimentos reformatórios e compreender a progressão dos acontecimentos na arregimentação das nações para o conflito final da grande controvérsia. Testimonies, vol. 8, pág. 307.


Estudar Especialmente os Livros de Daniel e do Apocalipse

Há necessidade de mais íntimo estudo da Palavra de Deus; especialmente devem Daniel e Apocalipse merecer a atenção como nunca dantes na história de nossa obra. ... A luz que Daniel recebeu de Deus foi dada especialmente para estes últimos dias. Testemunhos Para Ministros, págs. 112 e 113.
Leiamos e estudemos o capítulo doze de Daniel. Ele é uma advertência que todos nós precisamos compreender antes do tempo de angústia. Manuscript Releases, vol. 15, pág. 228.
O último dos escritos do Novo Testamento está cheio de verdades cuja compreensão nos é necessária. Parábolas de Jesus, pág. 133.
As predições do livro do Apocalipse que ainda não se cumpriram logo se cumprirão. Esta profecia deve ser agora estudada com diligência pelo povo de Deus e compreendida claramente. Ela não encobre a verdade; nos previne com clareza, contando-nos o que haverá no futuro. Notebook Leaflets, vol. 1, pág. 96.
As solenes mensagens que foram dadas, em sua ordem, no Apocalipse, devem ocupar o primeiro lugar no espírito do povo de Deus. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 278.

O Assunto Deve Ser Mantido Perante o Povo

Muitos há que não compreendem as profecias referentes aos nossos dias, e precisam ser esclarecidos. É dever, tanto do vigia como do leigo, dar à trombeta sonido certo. Evangelismo, pág. 194.
Ergam os vigias agora a voz e dêem a mensagem que é verdade presente para este tempo. Mostremos ao povo onde nos encontramos na história profética. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 323.
Deus estabeleceu, porém, um dia para o término da história deste mundo: "Será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim." A profecia se cumpre rapidamente. Mas, muito mais deve ser dito acerca destes assuntos tremendamente importantes. Perto está o dia em que será decidido para sempre o destino de toda alma. ...
Deve-se fazer um grande esforço para manter este assunto perante o povo. O solene fato de que o dia do Senhor virá repentina e inesperadamente deve ser mantido não só perante as pessoas do mundo, mas também diante de nossas próprias igrejas. A terrível advertência da profecia é dirigida a toda alma. Ninguém julgue estar isento do perigo de ser apanhado de surpresa. Não permitais que a interpretação profética de pessoa alguma arrebate a convicção do conhecimento de ocorrências que revelam que este grande acontecimento está bem próximo. Fundamentos da Educação Cristã, págs. 335 e 336.

Mantendo os Eventos Futuros na Perspectiva Correta

Não somos agora capazes de descrever acuradamente as cenas a serem representadas em nosso mundo no futuro; isto, porém, sabemos: que este é um tempo em que precisamos velar em oração; pois o grande dia do Senhor está às portas. Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 35.
O sinal da besta é exatamente o que tem sido proclamado. Nem tudo que se refere a este assunto é compreendido; nem compreendido será até que tenha sido completamente aberto o rolo do livro. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 371.
Muitos desviarão o olhar dos deveres atuais, do conforto e das bênçãos no presente, e tomarão emprestado aflições com respeito à crise futura. Isso causará um tempo de angústia antecipado, e não receberemos graça para tais aflições antecipadas. Mensagens Escolhidas, vol. 3, págs. 383 e 384.
Há um tempo de angústia a sobrevir ao povo de Deus, mas não devemos manter isto constantemente diante dele, e incitá-lo para ter um tempo de angústia antecipado. Haverá uma sacudidura entre o povo de Deus, mas isto não é a verdade presente a ser levada às igrejas. Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 180.

Do livro eventos finais pag. 12 a

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Credo de Atanásio

Estou seguindo o blog 'internautas cristãos', nele encontrei o credo de atanásio, é uma das mais antigas e fieis profissão de fé dos cristãos. Confiram


Credo de Atanásio
(Séculos IV e V)

Todo aquele que quer ser salvo, antes de tudo deve professar a fé universal. Quem quer que não a conservar íntegra e inviolada, sem dúvida perecerá eternamente.

E a fé universal consiste em venerar um só Deus na Trindade e a Trindade na unidade, sem confundir as pessoas e sem dividir a substância.

Pois uma é a pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo;

Mas uma só é a divindade do Pai e do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, coeterna a majestade.

Qual o Pai, tal o Filho, tal também o Espírito Santo.

Incriado é o Pai, incriado o Filho, incriado o Espírito Santo.

Imenso é o Pai, imenso o Filho, imenso o Espírito Santo.

Eterno o Pai, eterno o Filho, eterno o Espírito Santo;

Contudo, não são três eternos, mas um único eterno;

Como não há três incriados, nem três imensos, porém um só incriado e um só imenso.

Da mesma forma, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente;

Contudo, não há três onipotentes, mas um só onipotente.

Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus;

E todavia, não há três Deuses, porém um único Deus.

Como o Pai é Senhor, assim o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor;

Entretanto, não são três Senhores, porém um só Senhor.

Porque, assim como pela verdade cristã somos obrigados a confessar que cada pessoa, tomada em separado, é Deus e Senhor, assim também estamos proibidos pela religião universal de dizer que são três Deuses ou três Senhores.

O Pai por ninguém foi feito, nem criado, nem gerado.

O Filho é só do Pai; não feito, nem criado, mas gerado.

O Espírito Santo é do Pai e do Filho; não feito, nem criado, nem gerado, mas procedente.

Há, portanto, um único Pai, não três Pais; um único Filho, não três Filhos; um único Espírito Santo, não três Espíritos Santos.

E nesta Trindade nada é anterior ou posterior, nada maior ou menor; porém todas as três pessoas são coeternas e iguais entre si; de modo que em tudo, conforme já ficou dito acima, deve ser venerada a Trindade na unidade e a unidade na Trindade.

Portanto, quem quer salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade.

Mas para a salvação eterna também é necessário crer fielmente na encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo.

A fé verdadeira, por conseguinte, é crermos e confessarmos que nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem.

É Deus, gerado da substância do Pai antes dos séculos, e é homem, nascido, no mundo, da substância da mãe.

Deus perfeito, homem perfeito, subsistindo de alma racional e carne humana.

Igual ao Pai segundo a divindade, menor que o Pai segundo a humanidade.

Ainda que é Deus e homem, todavia não há dois, porém um só Cristo.

Um só, entretanto, não por conversão da divindade em carne, mas pela assunção da humanidade em Deus.

De todo um só, não por confusão de substância, mas por unidade de pessoa.

Pois, assim como a alma racional e a carne é um só homem, assim Deus e homem é um só Cristo;

O qual padeceu pela nossa salvação, desceu aos infernos, ressuscitou dos mortos, subiu aos céus, está sentado à destra do Pai, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos.

À sua chegada todos os homens devem ressuscitar com os seus corpos e vão prestar contas de seus próprios atos;

E aqueles que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna; aqueles que tiverem praticado o mal irão para o fogo eterno.

Esta é a fé universal. Quem não a crer com fidelidade e firmeza, não poderá salvar-se.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Uma noite no lago

Mateus 14: 22-33

Sentados na relva, ao final da tarde, milhares de pessoas se alimentam. Fora um dia especial. Um dia em companhia com Jesus.
Naquele dia, aquela multidão presenciou os inúmeros milagres realizados por Jesus. Ouviu seus ensinos e deleitarem-se com as palavras do divino mestre. Parecia a própria voz de Deus falando.
Porém, o que mais impressionou aquele povo foi o milagre da multiplicação dos pães. Todos participaram dos seus benefícios.
Aquele milagre fê-los lembrar-se de Moisés. Nos dias das peregrinações de Israel pelo deserto, o povo era alimentado com o maná. Lembraram-se também da profecia que dizia: “Surgirá um profeta semelhante a mim. A Ele ouvireis”. Deut. 18
Esta lembrança trouxe ao povo uma convicção: Jesus devia ser o Rei de Israel. Esta convicção gerou esperança. E esta esperança fê-los sonhar. Sonhar com uma nação poderosa, livre e independente de Roma. E ninguém melhor do que Jesus para ser o Rei. Era sábio, simples, amigo e poderoso. Se um soldado fosse ferido na guerra, Ele o curaria. Se faltasse alimento, com poucos recursos Ele alimentaria um exército inteiro. Se viesse uma calamidade á nação, com o seu poder Ele resolveria o problema.
Portanto Jesus era a pessoa certa para governar o país. Era o único capaz de transformar a Judéia em um paraíso. A terra que “mana leite e mel”.
Porém, havia um problema. Jesus não se candidatava ao posto, nem dava sinais de aceitar tal cargo.
Em seu entusiasmo o povo resolve coroá-lo rei imediatamente. Entende que Jesus não demonstra interesse pelo trono por ser modesto e tímido. Deveria, portanto, ser coroado, nem que fosse pela força.
Os discípulos se unem à multidão, em declarar que o trono de Davi é uma herança legítima de Jesus. Pois este é descendente direto daquele Rei.
E assim eles tomam as providências para naquele dia declarar a independência de Israel, e coroar um novo rei no lugar de Herodes.
Jesus vê o que está em andamento. Compreende o que eles não podem compreender: que aquele movimento só traria morte e violência, caso fosse levado adiante. Que os fariseus, tão inimigos de Jesus, seriam os primeiros a denunciá-los aos romanos. Exércitos inteiros invadiriam a Judéia e as conseqüências seriam trágicas.
Chamando os discípulos Jesus ordena-lhes que entrem no barco e voltem imediatamente para Cafarnaum, enquanto ele fica para despedir a multidão.
Os discípulos não aceitam a ordem do mestre e protestam. Querem continuar com o povo. Porém Jesus fala com tanta autoridade, que eles não ousam desobedecer.
Jesus despede a multidão, e usa mais uma vez sua autoridade para dissuadir alguns mais afoitos que queriam continuar no seu propósito.
Despedida a multidão, o Mestre sobe ao monte para orar. Durante horas continuou em súplica perante o Pai. Não ora por Si mesmo. Ora pelos homens. Rogava poder para revelar aos mesmos o divino caráter da sua missão. Orava também pelos discípulos, pois sabia que eles seriam duramente provados. Que os sonhos de grandeza alimentados por eles seriam desfeitos e que em vez de trono teriam uma cruz. Haveriam de testemunhar-lhe a cruxificção. Jesus pedia para eles o Espírito Santo, pois sem este, na certa fracassariam.
Enquanto isto...
Os discípulos não foram a Cafarnaum como foi ordenado. Ficaram no barco aguardando Jesus voltar. E enquanto aguardavam, murmuravam. Murmuravam porque Jesus não lhes permitiu coroá-lo Rei. E perguntavam: “Porque Ele não quer ser rei?” “Será que Ele é mesmo o Messias?” “Por que os sacerdotes que são tão cultos, e conhecem tão bem as profecias, não O aceitam e nem O reconhecem como o Enviado?” “Não será Ele um impostor?” “Não estamos perdendo nosso tempo?”
Enquanto Jesus orava por eles, eles duvidavam de Jesus. Esqueciam de tudo que já haviam presenciado e se entregavam a dúvidas sem fundamento. Por fim resolveram partir deixando Jesus, afinal, já escurecia.
Quando estavam em alto mar, violenta tempestade se aproxima sem que estivessem preparados para ela. Subitamente o céu se cobre de nuvens e o vento sopra violentamente.
Atemorizados esquecem o aborrecimento, a incredulidade e impaciência. Todos trabalham para impedir que o barco vá a pique.
Com os remos pelejam até a madrugada e a tempestade intensifica até o momento em que sentem-se totalmente perdidos.
Sentem necessidade de Jesus. Anelam sua presença. Sabem que se Jesus ali estivesse, estariam em segurança.
É nesta hora que Jesus aparece. Pelo clarão do relâmpago, os discípulos vêem um vulto que caminha por sobre as águas. Ficam com medo pensando ser um fantasma. Mas Jesus lhes diz: “Não temais sou eu”.
Pedro num desafio pede: “Se és Tu, mandas que eu vá me encontrar contigo por sobre as águas.” Jesus diz: “Vem.” E Pedro foi.
Com alegria Pedro caminha por sobre as águas, porém volta-se para os companheiros e perde a Jesus de vista. O vento ruge, uma onda sobe, se interpõe entre ele e o Mestre, e Pedro afunda na escuridão das águas. Porém antes de submergir, ele grita: “Senhor salva-me!” Jesus estende a mão, o segura, e diz: “Homem de pequena fé porque duvidaste?”.
De mãos dadas os dois entram no barco e a uma ordem do Mestre, o mar serena, a tempestade passa, e a aurora brilhante anuncia um novo dia na terra e na vida dos discípulos.
O dia já era claro quando eles chegaram a Cafarnaum

Lições


O milagre da multiplicação dos pães foi registrado para nos impressionar na caminhada cristã. Eis algumas lições:
1º - É o poder de Cristo que nos alimenta continuamente. O pão que vai a nossa mesa todo o dia é ainda uma demonstração do cuidado de Jesus por nós. Ele não fornece somente o alimento físico, mas o alimento espiritual também.
Quando nos aproximamos de Jesus através da leitura da Bíblia e pela oração, nossa alma é saciada plenamente.
2º - Jesus fica triste e preocupado quando seus seguidores alimentam dúvidas sem sentido em relação a sua pessoa ou sua igreja, e quando esquecem as muitas bênçãos que recebem diariamente e passam a duvidar do poder e da bondade divina.
Quantos que já trilharam conosco esse caminho, que foram fiéis missionários, hoje estão a margem da estrada, fora da igreja, porque à semelhança dos apóstolos, esqueceram essa tão bela mensagem e deram lugar a dúvidas em seus corações.
Os apóstolos ainda volveram a tempo. E esses que hoje estão longe criticando a igreja, também poderão voltar se derem lugar no barco da vida para que Jesus possa entrar e ali fazer um milagre.
3º - As aflições muitas vezes são permitidas para que possamos sentir nossa dependência de Deus. Para podermos clamar por Ele e desejar a Sua companhia.
“Os que deixam de compreender sua contínua dependência de Cristo, serão vencidos pela tentação”. DTN. 382.
4º - Vivemos em um mundo em tempestades.
Tempestades de doenças, desastres, ódio, vingança, imoralidade, pornografia, incredulidade, misticismo, fanatismo... São ondas de toda sorte cada uma mais ameaçadora que a outra. Ondas que ameaçam naufragar o barco da nossa fé.
Porém lá do alto Cristo contempla nossa luta e vem em nosso socorro. Ele não permite que seus filhos lutem sozinhos, mas lhes traz palavras de esperança, e diz: ”Não temas, sou Eu”.
5º - Não devemos deixar de olhar para Jesus. Enquanto estivermos com os olhos fitos na Sua pessoa, as águas furiosas nos serão como terra firme. Ao seu lado nossa segurança é garantida.
6º - Depois da tempestade vem a bonança. A noite de trevas é seguida da aurora de luz. Não há tristeza que dure para sempre, não há angústia que não se acabe, depois do choro vem o riso, principalmente se temos Jesus.
7º - Cristo não chama seus filhos para deixá-los perecer. Se Ele diz vem, pode confiar e se você se sentir um náufrago, clame que Ele te responderá.
Muitos ainda estão longe de Cristo, por medo de sair do barco, enfrentar o mar aberto e ser engolido pelas ondas. Esquecem que Aquele que os chama, tem poder para acalmar todas as tempestades.

Que possamos deixar Cristo guiar o barco da nossa vida. Com Ele no leme, estaremos salvos.

Amém

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sábado, 16 de janeiro de 2010

Onde está Deus nas tragédias?

Ante a tragédia que se abateu no Haiti, muitos se perguntam onde Deus se encontra em um momento desses, o eminente jornalista, Michelson Borges, responde a esta pergunta. e por achar a materia relevante, resolvi publicá-la em meu blog.


Onde está Deus nas tragédias?
Por Michelson Borges
Fonte: Blog Criacionismo

O bacharel em filosofia e articulista da Folha Hélio Schwartsman não perdeu a oportunidade de pregar seu ateísmo utilizando como pano de fundo a tragédia no Haiti. Ele sugere que, pelo fato de o terremoto ter ceifado vidas inocentes, incluindo a de crentes, Deus está ausente. No texto "Deus e a terra", ele afirma que "é justamente para combater a ideia de que o acaso (e com ele a ausência de propósito) está no comando que, suspeito, criamos a noção de Deus". O fato é que tragédias existem desde que o pecado entrou no mundo. Na verdade, o pecado é a verdadeira tragédia - o resto é consequência. Lúcifer deu origem a isso e ainda atribui a Deus os resultados de sua rebelião insana. É verdade que inocentes morreram no Haiti, assim como morrem inocentes todos os dias, desde que nossos primeiros pais saíram pelos portões do Éden. É verdade que a boa doutora Zilda Arns morreu numa igreja, mas significa isso que Deus abandonou Sua filha em pleno serviço em prol dos desvalidos?

O apóstolo Paulo foi um dos gigantes da fé. Operou milagres e levou a mensagem de esperança a lugares distantes, sofrendo perseguição, espancamento e prisão em nome de Jesus. Depois de anos de trabalho e dedicação, Deus o enviou para Roma, a fim de que pregasse o evangelho na capital do Império. E foi lá que Paulo morreu decapitado. Deus não poderia tê-lo poupado da morte? Por que o enviou justamente para a cidade em que sua vida seria ceifada? O fato é que Deus não vê a morte como o ser humano a vê - ou melhor, como o ser humano sem Deus a vê. Claro que é triste a perspectiva da separação das pessoas a quem amamos. Mas para aqueles que creem na Palavra de Deus e nas promessas seguras de Jesus, a morte é apenas um sono do qual despertaremos por ocasião da segunda vinda de Cristo. Por isso não precisa haver desespero. Não precisa haver indignação. Precisa, sim, haver confiança irrestrita no amor e cuidado de Deus; de que Ele sempre sabe o que é melhor para nós e quando é melhor. É como escreveu Michael Green: "Fé não é acreditar sem provas, é confiar sem reservas - confiança em um Deus que Se mostrou digno dessa confiança."

Por isso Jó pôde declarar: "Embora Ele me mate, ainda assim esperarei nEle" (Jó 13:15, NVI). É esse o tipo de confiança que têm aqueles que convivem com o Criador e sabem que Ele existe, não porque os livra de todos os males terrestres, mas porque Se revela claramente para eles, fala com eles; é tão real quanto o amor que se sente, mas não pode ser visto nem tocado.

Paulo descansou em Roma. Zilda descansou no Haiti. "'Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante.' Diz o Espírito: 'Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão" (Apocalipse 14:13).[MB]

Meu amigo Marco Antonio Dourado, de Curitiba, enviou um e-mail para o Schwartsman. Suspeito que não será publicado na Folha, mas você pode lê-lo aqui:

"Bom dia, caro Hélio. Como de hábito, li sua coluna na Pensata de ontem, 'Deus e a terra', e me ocorreram algumas considerações que gostaria de compartilhar contigo.

"No tristemente célebre debate entre Rousseau e Voltaire acerca da existência de Deus, decorrente do problema religioso resultado do grande terremoto de Lisboa em 1755, devo adiantar que não lhe reconheço a validade. Rousseau, o castelão suiço cujo amor à humanidade e temor a Deus era demonstrado na contumácia com que abandonava em orfanatos os bastardos que trazia ao mundo, representa tão bem o teísmo quanto Hugo Chavez representa a democracia. Já Voltaire, coitado, conseguiu traduzir à perfeição o Iluminismo, do qual foi prócer: morreu suplicando por luz; eis aí o retrato mais bem acabado do chamado 'Século das Luzes'.

"Essa dupla de fósseis insepultos costuma ser trazida à baila, geralmente por ateus, em épocas de grande comoção mundial em face de catástrofes naturais. É do jogo. Conforta-me que nessa hora os cristãos, pelo menos os cristãos de verdade, abandonam tais diatribes e partem em auxílio aos desgraçados (o que, aliás, muitos ateus, com a graça de Deus, também fazem). É por essas que neste momento nem me vem à mente o bestialógico otimista 'Carta a respeito da Providência',* de Jean-Jacques. Penso apenas em pessoas como Zilda Arns. O Amor, matéria-prima de Deus, não é uma emoção ou mesmo um sentimento; é um modo de ser. Dona Zilda, em sua vida e em sua morte, é prova inconteste dessa proposição. Sua estatura espiritual e moral recolhe os arrazoados oportunistas e estéreis à sua verdadeira dimensão: a irrelevância.

"Mas será que a discussão em si pertine? Certo que sim, mas não agora. Melhor em outra ocasião. Hoje, diante do horror em Haiti, devemos mais é externar por meio de atos aquilo de que, de fato, somos feitos. Alhures, de volta à normalidade possível, poderemos reencetar a questão filosófica. Nesse caso, devo adiantar que se nos for dado voz, que ao menos possamos escalar o nosso time - coisa que os ateus, tão prestimosos, tão desapegados, adoram fazer por nós. Como Rousseau não merece sequer ser gandula da partida, eu poderia evocar Heinrich Heine e seu comovente ato de fé renegando o virulento ateísmo que até então promovera. Melhor, no entanto, é apelar a Antony Flew, um dos mais cultuados e atuantes filósofos ateus do século 20. Compreendo que seu livro Um Ateu Garante: Deus Existe tenha feito com que os ateus militantes deixassem de lhe reconhecer a existência física, intelectual e moral. Isso não nos surpreende a nós, cristãos: 'Mas a sabedoria é justificada por TODOS os seus filhos' (Lucas 7:35).

"Não sei quem os ateus elegeriam para contestá-lo. Richard Dawkins, aquele gigolô da dissonância cognitiva alheia? Não, meus irmãos ateus! Por tudo o que é sagrado, não! Não me façam sentir por vocês a vergonha que são incapazes de sentir por si mesmos.

"Por falar em dissonância cognitiva, uma excelente recomendação de leitura: A Prova Evidente, de Gershon Robinson e Mordechai Steinman. Leitura rápida, simples e deliciosa, que analisa esse fenômeno. Resumindo:

"Dissonância cognitiva é um artifício psíquico subliminar destinado a proteger o indivíduo de informações que lhe tragam desconforto mental. Ela costuma ocorrer com qualquer um de nós, e pode nos levar a ignorar teses e teorias complicadas, que nos façam sentir 'burrinhos'. Procura também evitar a ruína daqueles nossos imensos e arraigados investimentos intelectuais, ruína que depauperaria nosso vasto patrimônio de certezas acalentadas. Os mecanismos da dissonância cognitiva podem guindar a informação indesejada à áreas da memória pouco acessadas, uma espécie de aterro sanitário da nossa mente. Podem também provocar uma reação física visivelmente manifesta: impaciência, irritação, cinismo, fleuma afetada, antipatia pela fonte da informação e até, em casos extremos, levar à distimia crônica.

"Penso que antes de qualquer debate, especialmente os de natureza 'Deus existe?', cada pessoa, ateia ou teísta, deveria dar uma boa lida na obra desses dois autores judeus e submeter-se a um exame de consciência. Seria como um purgante mental para nos livrar de preconceitos até então inegociáveis. Só assim o diálogo prosperaria em direção à luz que faltou a François-Marie Arouet em sua última hora."

(*) Sobre o tal otimismo aventado por Rousseau, nunca, jamais deixarei de citar o escritor católico George Bernanos, que formulou um aforismo feito sob medida para, entre muitos, o autor de O Contrato Social: "O otimismo é uma falsa esperança para uso dos frouxos e imbecis. A verdadeira esperança é uma qualidade, uma determinação heróica da alma. E a mais elevada forma de esperança é o desespero superado."


Dra. Zilda Arns

Igreja Adventista ajuda vítimas do Haiti

A igreja adventista esta mobilizada para ajudar as vitimas do terremoto do Haiti.
veja a materia qye saiu no site da Missão do tocantins


Haiti: ADRA atua na linha de frente do socorro as vítimas

[Porto Príncipe, Haiti] Uma equipe de voluntários da Igreja Adventista do Sétimo Dia está a caminho da fronteira com República Dominicana e é esperada no Haiti ainda hoje. Eles devem atuar na força de ajuda humanitária em favor das milhares de vítimas do terremoto que abalou o país na terça-feira, 12 de janeiro.

A primeira etapa de assistência leva consigo suprimentos médicos e produtos de emergência para o país, depois que o tremor deixou a capital da nação, Porto Príncipe, em ruínas. Dezenas de milhares de pessoas morreram.

A equipe, é composta por trabalhadores da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), do pessoal médico da organização parceira Global Medic e líderes da Igreja da Divisão Interamericana; e vai entregar suprimentos, enviar tabletes de purificação de água e criar clínicas de atendimento de emergência.

A equipe também irá avaliar a situação para a próxima etapa do trabalho de assistência, com investimento inicial de US$ 1 milhão pela ADRA. O presidente da ADRA, Charles Sandefur, disse que a organização está totalmente comprometida em fornecer soluções rápidas para a urgência no Haiti. “Continuaremos a fazer todo o possível para aliviar o sofrimento das pessoas afetadas por esta tragédia incrível", disse Sandefur.

Quatro clínicas móveis, instituídas pela ADRA e pela Medic Global, irão atender de até 1.000 pacientes por dia, e os suprimentos de tratamento irão fornecer água potável para até 90.000 pessoas por dia. A equipe também irá distribuir vitaminas e remédios doados pela ADRA Heart to Heart International.

Wally Amundson, diretor da ADRA na Divisão Interamericana, reconheceu que fornecer atendimento suficiente agora é um desafio. “Com a falta de comunicação no Haiti, não sabemos o quanto está disponível localmente ou quanto seria necessário recorrer a partir da República Dominicana, que é uma fonte potencial de linha de alimentação e centro para a operação de socorro", afirmou Amundson por telefone via satélite.

Os líderes da Divisão Interamericana da igreja e a equipe irâo coordenar o aconselhamento de trauma com a ajuda de especialistas em desastres. Os membros da Divisão Interamericana também esperam reunir mais informações sobre os membros da igreja em Porto Príncipe.

Até agora, os relatórios liderança da igreja afirmam que milhares de membros da Igreja no Haiti ainda estão desaparecidos, enquanto um pastor local foi relatado morto. Havia 100.000 adventistas que viviam em Porto Príncipe antes do terremoto.

O relatório de perda estrutural de propriedade da igreja atualmente inclui danos a duas das maiores igrejas da cidade, a universidade e o hospital. A universidade está utilizando atualmente o campus como um refúgio para centenas de pessoas desabrigadas; e a equipe do hospital retomou as operações médicas no exterior.

Edição de Francis Matos
Fonte: Rede Adventista de Notícias, com informações da ADRA InteraAmericana (www.adra.org) e Divisão Interamericana da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Decreto Dominical

Encontrei esse artigo no blog do senhor João William. Por achá-lo relevante, e um grande alerta para a igreja, resolvir postá-lo em meu blog. Não tive como encontrá-lo para pedir autorizaçao. Espero que ele não se aborreça por eu postar em meu blog uma matéria que é dele e não minha. Mas aí está o devido crédito

Artigo de João William

Queridos amigos,

Hoje vamos falar sobre uma estratégia de engano monumental e, ao falarmos sobre tudo isso, espero que você seja despertado quanto à crise iminente que será provocada pelo Decreto Dominical. A questão mais importante que o povo de Deus enfrenta hoje é seu despreparo para o fechamento da porta da graça. Essa crise está quase sobre nossas cabeças.
Foi criado um plano secreto, muito bem engendrado, com movimentos cheios de enganos, para pegá-lo despreparado e completamente surpreso. Tenho a esperança que o conteúdo deste artigo vá abrir seus olhos bastante, para que você se aperceba que quase não nos resta qualquer tempo para chegada dessa crise.
Nossa esperança é que você e sua família serão despertados para os dias nos quais vivemos. Você precisa ser avisado sobre o que tem acontecido por trás das bonitas cenas aparentes. Compartilhe esse conhecimento com os seus amigos e familiares.
Em Novembro de 2007 a Internet mundial ficou cheia de boatos sobre uma provável reunião secreta que aconteceria entre a Christian Coalition (Coalisão Cristã) e o Vaticano em Washington DC. Os rumores diziam que haveria uma discussão sobre o estado do mundo, a condição moral dos Estados Unidos, e, o mais importante, a urgência de se proteger o 'Dia do Senhor', ou o domingo, como um dia de descanso. Também haviam rumores de que estaria presente um senador chave e um cardeal de alta patente do Vaticano, que iria falar ao grupo.
Muitas pessoas me enviaram e-mails sobre esse assunto naquela época, me perguntando se isso seria verdade ou não. Tive de me manter quase absolutamente em silêncio sobre isso, até agora, porque eu acredito só poder circular fatos, não conjecturas, nem especulações ou suposições.
Mas hoje vou contar-lhes todos os detalhes, da forma como os recebi de um grande amigo, que era um delegado credenciado nesse encontro secreto. Também vou falar-lhes o que Deus diz a respeito dessas coisas que são feitas nas trevas do nosso conhecimento, em lugares secretos, tudo para que seja provocada a crise do Decreto Dominical sem que ninguém a perceba – você vai saber de tudo o que eu sei até este ponto. Você pode ter ouvido críticas sobre a mensageira do Senhor para os últimos dias, ou sobre as verdades proféticas da Igreja Remanescente, mas eu posso dizer-lhe que todo detalhe profético das Escrituras Sagradas e cada detalhe do Espírito de Profecia, acontecerá em sua plenitude.
Apocalipse 13:15-17:
'Foi-lhe concedido também dar fôlego à imagem da besta, para que a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes fosse posto um sinal na mão direita, ou na fronte, para que ninguém pudesse comprar ou vender, senão aquele que tivesse o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.'
Reparem que o recebimento da marca da besta acontece em torno de um culto falso. Aqueles que se submeterem a essa nova ordem religiosa serão impedidos de comprar e vender e finalmente serão mortos. Isso é sério, meus amigos. O tempo em que isso vai acontecer está mais próximo do que você imagina. Forças ocultas estão trabalhando incansavelmente nos bastidores da vida, para obrigar-nos a prestar culto ao deus deste mundo.
Estamos a um passo do fim. Finalmente chegou, está aqui! Nós sabíamos que o movimento para o Decreto Dominical viria, mas inconscientemente nós o empurrávamos para algum lugar no futuro. Queremos nos sentir bem. Não queremos nos deprimir pelas assim chamadas 'más notícias'. Assim, nos banhamos em pensamentos positivos e em espiritualidade do tipo 'sinta-se bem', um tipo de superficialidade emocionalista. Mas tudo isso é vazio. Nada disso nos desperta para nosso perigo, apenas nos coloca para dormir. Torna-nos espiritualmente preguiçosos. Não queremos ter nada a fazer com o abandono dos nossos pecados, porque teremos de abandonar justamente nossos pecados acariciados. Mas agora o movimento do Decreto Dominical está sobre as nossas cabeças. Ele nos pegou com tamanha surpresa, que a maioria de nós não está preparado. A bênção é que Jesus está nos dando mais uma advertência antes do encerramento da provação, para que ainda possamos nos preparar. Este é o tempo para ter certeza de que seu chamado e eleição são certos e verdadeiros.
Essas não são notícias ruins. O Decreto Dominical é muito bom, pelo menos para aquele que ama a Jesus com todo Seu coração. Isso deixa claro que a vinda de Jesus está muito próxima. Eu espero que essa seja uma boa notícia para você, meu amigo. Se você não se sente preparado, este é o momento para tomar uma atitude séria ao lado de Jesus e tomar os passos devidos.
Existem os que estão secretamente empenhados em promulgar uma Lei Dominical exatamente no momento em que você está lendo estas palavras. Conseguimos documentar alguma coisa desses esforços, mas acho que existe muito mais acontecendo e que nem imaginamos. Como esse é um movimento que acontece nas trevas e sorrateiramente, por meio de enganos e estratagemas, sabemos que ele tenta se disfarçar e esconder seus reais propósitos distante do escrutínio público. Algumas das coisas que discutiremos hoje sobre o encontro secreto de Washington não podem ser verificados por meio de fontes públicas. O que temos em mãos é o testemunho pessoal de alguém que estava presente ali. Mas quando as igrejas ecumênicas e o Vaticano passarem a discutir esse assunto abertamente, é porque a sopa já estará completamente cozida. O Espírito de Profecia é nosso sistema e guia seguro que mostra o que podemos aceitar e o que é um erro. Quando o Espírito de Profecia nos adverte que existe um movimento sorrateiro e escondido que está preparando tudo para criação do Decreto Dominical, podemos repousar seguros e certos de que isso está acontecendo de fato, mesmo que ainda não possamos ver ou sentir isso. Mas uma vez ou outra você pode ver evidências desse movimento aparecendo na superfície, ou Deus coloca indivíduos em posições nas quais eles podem ver e dar testemunho das verdades que foram profetizadas pelo Espírito de Profecia. A mensagem deste artigo é sobre esse tipo de testemunho. O que você vai descobrir aqui são os detalhes apresentados por uma testemunha que Deus colocou numa posição que lhe permitiu ver atrás dos bastidores, o que está acontecendo por dentro dessas sessões secretas.
Três organizações religiosas estavam presentes no encontro secreto de Washington D.C. Eram elas a Christian Coalition of América-CC (Coalisão Cristã da América), Christian Churches Together-CCT (Igrejas Cristãs Juntas) e a Catholic Campaign for América-CCA (Campanha Católica Pela América).
Primeiramente, deixe-me falar-lhe sobre o Pastor Allen Fine e a Christian Coalition. O Pastor Fine é o principal orador e o diretor do New Sound Inspiration Radio (Rádio Novo Som Inspiracional) em West Virginea. Ele tem sido um pastor adventista por mais de 40 anos e, hoje, está jubilado, mas talvez jamais tenha estado tão envolvido na obra de Deus quanto hoje. Ele tem estado na linha de frente da batalha pelo Senhor, tocando a trombeta e proclamando a última mensagem pelo rádio e em púlpitos e continua a trabalhar pela salvação das almas. Ele tem sido criticado e menosprezado por seu forte apego à Bíblia e ao Espírito de Profecia e não é desconhecido das forças que estão confederadas contra o povo de Deus. Tenho investido um bom tempo falando com o Pastor Fine e tenho aprendido sobre seu envolvimento com a Christian Coalition.
O Pastor Fine começou a assistir às reuniões da Christian Coalition of América em 1989. Ele queria ver o que eles estavam fazendo e queria descobrir seus planos. Pat Robertson, seu líder na época, se regozijava por ter conseguido reunir tantas igrejas cristãs diferentes. Enquanto ouvia às suas idéias e planos, o Pastor Fine pensou sobre as advertências do Espírito de Profecia que percebeu as intenções desse grupo haviam sido profetizadas pela Sra. White e que estavam se cumprindo exatamente como descritas.
Em 29 de março de 1994, os líderes da Christian Coalition, incluindo Pat Robertson, Jerry Falvell, Gary Bower, James Dobson, Ralph Reed e outros, incluindo um reverendo judeu, deram suas mãos em acordo e que eles seriam um só à partir de então. O Pastor Fine e sua esposa Deanna testemunharam esse encontro e acreditam que a intenção deles era de usar organizações cristãs para assumirem o controle do Estado e de legisladores federais para, a partir de então, criar a imagem da besta.
Então, em 2004, o Pastor Fine recebeu um memorando da nova Presidenta da Christian Coalition, Roberta Combs. Esse documento foi-lhe dirigido como sendo o 'Líder da Christian Coalition da West Virginea' e nela discutiam-se planos para o encontro de líderes e propostas de criação de leis em Washington D.C. Pastor Fine ficou surpreso, 'Eu não havia pedido isso', ele pensou, 'mas vou aproveitar'. Quando Roberta Combs, a presidenta da Christian Coalition perdeu seu marido subitamente, por causa de uma parada cardíaca, o Pastor Fine estava bem próximo para ministrar e orar pela família por meio do telefone. Isso os aproximou muito como uma família. Mais tarde Roberta Combs perguntou se ele estaria disposto a servir como co-secretário da Christian Coalition, ao lado de Jim Backlin. Ele aceitou e, assim, ele foi colocado numa posição por meio da qual assumiria autoridade de comando em reuniões de líderes de organizações cristãs e poderia assistir a reuniões secretas do Vaticano. O Pastor Fine diz acreditar no desígnio de Deus em colocá-lo bem no coração dessa importante e poderosa organização.
A Christian Coalition of América-CC (Coalisão Cristã da América), a Christian Churches Together-CCT (Igrejas Cristãs Juntas) e a Catholic Campaign for América-CCA (Campanha Católica Pela América) desenvolveram uma agenda de dez itens para a América, que eles desejam implementar a nível federal e de Estado por meio de leis. Essas intenções de emendas foram recentemente ajustadas, na Fuller Theological Seminary, em primeiro de março de 2007. A maioria deles visam defender princípios que são importantes para os cristãos, tais como casamentos apenas entre homens e mulheres, orações públicas, referências a Deus no voto da aliança, assim como em moedas e notas de dinheiro, integridade judicial, o direito de andar armado, etc. Mas, ironicamente, o sétimo item dessa lista de dez pontos, diz: 'Ao longo de toda terra, um dia nacional de descanso será honrado por governos, indústrias manufatureiras e comércios em geral'.
Uma outra organização, que foi criada muito mais recentemente, a Christian Churches Together-CCT, também está envolvida com o movimento secreto em favor do Decreto Dominical, que aconteceu em Washington D.C. Essa organização ecumênica tem muitas igrejas membro. Tudo é feito para que esses membros se sintam com iguais direitos de voz, mas ela foi organizada de tal forma que os representantes de Roma dominam seu direcionamento e seus comitês decisórios. Ela está se tornando cada vez mais poderosa e está trabalhando, agora, entre outras coisas, para implantar um dia nacional de descanso em todos os Estados Unidos da América.
A Catholic Campaign for América-CCA é outra organização que está trabalhando para estabelecer o Decreto Dominical. Ela foi criada em 1989 por um homem chamado Thomas V. Wykes JR, que 'queria lidar com a crise moral dos Estados Unidos a partir do ponto de vista católico', escreveu-se na Wikpédia a respeito dele. 'Em 1991 ele reuniu vários líderes católicos notáveis, em Washington D.C., que constituíram a primeira mesa diretiva. Entre eles estavam William Bennetti, Mary Ellen Bork, Hugh Carey e o Bispo René Gracida. De acordo com o National Catholic Register, o CCA foi fundado 'para trazer ao cenário político americano uma voz distintivamente católica''. Seu lema é, 'O evangelho do Senhor Jesus Cristo não é uma opinião particular, uma idéia espiritual remota, ou um mero programa para crescimento espiritual. O evangelho é o poder para transformar o mundo'.
O que as palavras 'o poder para transformar o mundo' se referem na verdade, é ao poder político que essas instituições perseguem. Jesus jamais tentou iniciar um movimento político ou estabelecer Seu poder por meio de círculos políticos. Se essa fosse Sua forma de agir, Ele teria feito o mesmo que os católicos romanos tentam fazer hoje e têm feito por séculos, secretamente trabalhando para conquistar mais poder para, então, forçar todos sob seu poder a seguir sua vontade. Mas Jesus disse, 'Meu reino não é deste mundo' (João 18:36).
Esse pano de fundo foi necessário para você entender que o movimento do Decreto Dominical tem aberto seu caminho sorrateiramente, por meio de organizações ecumênicas, exatamente da forma como o Espírito de Profecia disse e está se preparando para tomar corpo e mostrar todo seu furioso poder no momento em que o movimento ecumênico se apresentar abertamente. Ele vai se tornar muito político e usará organizações políticas, tanto do governo, como organizações civis.
Quando os líderes das igrejas estiverem eufóricos sobre sua unidade com outras igrejas, e quando um enorme ajuntamento de igrejas se formar, eles começam a se sentir muito poderosos, especialmente politicamente poderosos e então, por uma questão de natureza, tentarão usar todo seu aparato político para alcançar seus propósitos. É assim que a imagem da besta está se formando exatamente neste momento.
Agora chegamos ao encontro secreto de novembro de 2007. O movimento do Decreto Dominical tem o apoio de líderes políticos de peso, de ponta, além do seu apoio e proteção de seguranças.
Originalmente, o encontro deveria acontecer no Centro Cultural João Paulo II, em Washington D.C. Quando o pequeno avião particular do Pastor Fine pousou no Aeroporto Dalas de Washington, para encontrar-se com outros líderes da Christian Coalition, para as reuniões, agentes secretos de elite da National Agency (NSA), foram ao seu avião, para verificar seus documentos pessoais bem ali, no próprio avião. Eles falaram que, 'por ser esse um encontro tão provocativo, nós teremos de guardar seu documento de identificação conosco até o fim das reuniões'. Eles então o levaram ao táxi que o levaria ao local da reunião. Eles o avisaram que o motorista já sabia para onde se dirigir. Eles então o seguiram de perto, até o Hotel Regente, onde o taxista o deixou. Ele perguntou ao taxista, 'porque você está me levando ao Hotel Regente e não ao Centro Cultural João Paulo II onde deveria acontecer o encontro?' O motorista apenas disse que ele havia recebido instruções muito claras, que ele teria de ir ao destino marcado e que só lá ele poderia receber instruções diferentes.
Após ficar sentado no 'lobby' do hotel por alguns minutos, ele foi encontrado pelos mesmos dois agentes do aeroporto, que lhe disseram, 'um dos seus conhecidos estará aqui em breve'. Uma das líderes da Christian Coalition se aproximou acompanhada por mais três agentes – agora eram cinco! E todos eles nos acompanharam até o guichê de registro de hóspedes. Na verdade, os agentes da NSA sempre ficaram na cola dos participantes desse encontro secreto até seu encerramento.
Novamente o Pastor Fine perguntou a um dos agentes porque eles não estavam tendo as reuniões no Centro Cultural João Paulo II. Ele disse, 'foi decidido, juntamente com o Vaticano, que não seria apropriado ter esse tipo de encontro no Centro Cultural João Paulo II e que por isso o encontro havia sido transferido para o Hotel Regente'.
Em 14 de novembro, todo o dia foi gasto numa conferência sobre o aquecimento global. Dentre os palestrantes estavam Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, que se tornou em um tipo de guru das alterações climáticas, e Davy Crocket, bisneto do famoso Davey Crocket do Wild Frontier, que faz suas pesquisas. Havia tanto material apavorador sobre as mudanças do clima e sobre a velocidade assombrosa em que elas estão acontecendo! Deixou-se claro que o aquecimento global criará uma crise para os Estados Unidos e para todo o restante do mundo. Isso envolverá a perda de vidas no planeta, incluindo animais e peixes, etc. Todos os ecosistemas estão intrincadamente envolvidos. O que afeta um, afeta todos os demais de alguma forma. Foi sentido que os líderes religiosos responsáveis têm de falar ao seu povo como eles podem proteger o meio ambiente.
Já em 1990 o Vaticano estava promovendo uma conexão entre ecologia e a paz mundial. João Paulo II, em sua mensagem para o Dia Mundial pela Paz em primeiro de janeiro daquele ano, escreveu sobre proteger o meio ambiente como sendo uma grave responsabilidade moral. Outras declarações fortes têm sido feitas pela Igreja Católica. Então, mais recentemente, à medida que as questões do clima se tornaram numa situação cada vez mais politizada, a Associação Nacional de Evangélicos se uniram à Igreja Católica e fez sua declaração pública sobre o meio ambiente, em um documento chamado Mudanças do Clima: Um Chamado à Ação Evangélica. Seis meses mais tarde, em 27 de agosto de 2006, Benedict XVI conclamou todos a um pacto em torno da proteção das obras criadas por Deus. Agora, o Independent, em 24 de novembro de 2007 disse que o Papa está pronto para tomar ações concretas no sentido de tornar a questão das mudanças climáticas numa questão moral, quando ele estiver na Organização das Nações Unidas (ONU) em Abril [de 2008]. É importante frisar que os esforços mútuos em torno das mudanças climáticas se tornou numa questão moral tanto para evangélicos quanto para católicos, o que os uniu ainda mais. Isso é importante porque isso significa que as mudanças climáticas foram elevadas ao mesmo nível do aborto, eutanásia, células tronco, etc. Sua cooperação mútua em torno das mudanças do clima, fortalecerá seu poder político e os levará a abordar outras questões morais que eles querem fazer passar, como o domingo, como o dia de guarda nacional.
Durante o almoço no dia 15 de novembro, poucos minutos antes da reunião com o cardeal do Vaticano, um dos agentes secretos do NSA veio à nossa mesa e perguntou a Roberta Combs, presidenta da Christian Coalition, se ela havia avisado ao seu pessoal que eles não poderiam levar consigo nenhum sistema de gravação de imagem ou voz e que nada poderia ser liberado para publicação até que o Vaticano aprovasse expressamente. É importante notar a preocupação do Vaticano em não permitir qualquer informação solta que pudesse colocar sua posição em risco. Isso também revela a manipulação de Roma. Ela quer tudo sob seu controle absoluto e não quer que se fale ou faça qualquer coisa que ela não tenha aprovado expressamente.
Treze pessoas participaram da reunião, sete eram da Christian Coalition, mas dois de cada uma das duas outras instituições, além da Senadora Nancy Pelosi e do cardeal. O cardeal foi apresentado como sendo o Cardeal Pezeroser de San Francisco, mas esse nome não pode ser encontrado em qualquer lista oficial de cardeais, o que sugere que era um pseudônimo. Lembre-se que esse encontro secreto envolveu assuntos extremamente sensíveis em relação ao Decreto Dominical e que esta seria a razão pela qual o Vaticano não deixaria qualquer digital ou rastro de sua participação nesses esforços provocativos.
Nancy Pelosi, a porta-voz da Casa dos Representativos do Governo Americano é uma católica romana indomável, entrou na sala de reuniões e dirigiu algumas palavras ao cardeal do Vaticano. Nancy foi a única congressista americana permitida a entrar naquela sala. Ela disse ao cardeal, 'Eu vivo minha fé. Fui treinada e dirigida por pais cristãos. Eu sempre fui à escola da minha igreja e cada domingo eu era fiel em reconhecer que me era muito necessário fazer as coisas que eu deveria fazer e jamais mudei qualquer ponto em relação a isso'.
A palavra 'domingo' não foi mencionada nenhuma vez durante a reunião, mas o cardeal do Vaticano disse, 'Todos nós, como líderes cristãos, precisamos reconhecer nossa responsabilidade pessoal em fazermos aquilo que é da vontade de Deus e, se não o fizermos, pagaremos por nossa omissão ... Como todos os senhores e senhoras sabem, todos precisamos trabalhar em conjunto pela melhora da América pois, afinal, a América é o segundo Israel. Precisamos trabalhar com os congressistas para ajudá-los a entender que todo lodo de imoralidade e sujeira precisam ser parados e que precisamos trabalhar em conjunto e em uníssono para mostrar ao nosso Senhor que isso tudo precisa ser impedido...
Então, com a lista de prioridades, as 'Dez Intenções de Emendas' em sua mão, o cardeal disse que mais seria falado sobre tudo isso quando 'Sua santidade' [ Papa Bento XVI], chegasse a Washington D.C. para se encontrar com o presidente Bush em 17 de abril de 2008. 'Uma das coisas que nós, no Vaticano, nos preocupamos', ele disse, 'é o que acontece aqui (na América) no dia do Senhor, com respeito a eventos esportivos e todos os tipos de chamados para que sejam feitas coisas diferentes. Como todos sabem, o dia do Senhor tem sido usado contra o Senhor de uma forma tão vergonhosamente contrária à Sua vontade, que se precisa dizer ao povo que eles precisam manter esse dia sagrado. Vocês precisam trabalhar juntos, como os líderes desta nação. O que este país fizer, será imitado por todo mundo'.
Meus amigos, as palavras do cardeal deveriam nos lembrar da seguinte declaração da pena inspirada e que encontramos na meditação Maranata, pág. 214: 'Quando a América, a terra da liberdade religiosa, se unir ao papado em forçar consciências, compelindo a consciência de homens a honrar o falso sábado, as pessoas de cada país no globo serão induzidas a seguir seu exemplo. Nações estrangeiras seguirão o exemplo dos Estados Unidos. Apesar dela liderar o caminho, a mesma crise acontecerá com o nosso povo em todas as partes do mundo'.
Essa idéia sobre os Estados Unidos serem o segundo Israel é importante. A maioria das igrejas acreditam nisso, apesar de não ser um conceito bíblico. As Escrituras ensinam que aqueles que são de Cristo, são a semente de Abraão (cf. Gálatas 3:29). E não os que são americanos. Mas como as igrejas se esforçaram para tirar o dedo acusador de sobre o papado, interpretações falsas da profecia as levaram a encontrar alguma explicação diferente para Apocalipse 13, os Estados Unidos da América na profecia. Ao tornar América no segundo Israel ao invés de a segunda besta, Roma pode participar com outras igrejas, para encontrar soluções para seus problemas comuns. Isso se ajusta aos seus planos ecumênicos muito bem. O resultado é que América está se unindo ao Vaticano, para alcançar seus ideais. Não temos tempo a perder, nenhum tempo para coisas triviais, tolas, mundanas, meus amigos. Este é o momento para nos preparamos e orarmos para que você garanta a salvação de sua alma.
Quando o Papa Bento XVI chegar a Washington D.C. em 15 de abril (de 2008), ele vai se encontrar com o presidente Bush. Então ele passará seu aniversário, no dia 16, com os cardeais no Centro Cultural João Paulo II. Ele também encontrará líderes ecumênicos. Então, no dia 17, ele terá um encontro com líderes religiosos selecionados, incluindo representantes das três organizações que se reuniram em novembro (de 2007), a Christian Coalition of América-CC, a Christian Churches Together-CCT e a Catholic Campaign for América-CCA e, talvez, outros, um certo número de congressistas. O propósito desse encontro, dentre muitas coisas, é o de motivar líderes cristãos e legisladores a trazerem para os holofotes, no Congresso e em cada estado, um dia nacional de repouso.
Fico pensando em qual será a verdadeira agenda do encontro com os cardeais. Será sobre o que eles devem fazer para trazer o decreto dominical para a América? De acordo com as agências noticiosas, também haverá um encontro ecumênico com representantes de outras religiões. Será que tudo isso envolverá discussões sobre um dia nacional de descanso?
Senador Robert Byrd, o mais velho integrante do Congresso, o presidente emérito do Senado ele, um batista, chamou o Pastor Fine um certo dia em janeiro e disse-lhe, 'Pastor Fine teremos uma ocasião especial com o papa, quando nos encontraremos no Prédio Administrativo do Senado, e o Presidente também vai se encontrar conosco. Ele acha que não seria honroso para o papa encontrar em outro local a liderança cristã da América'.
Meus amigos, quando o Presidente dos Estados Unidos da América eleva esse encontro com líderes religiosos na América ao nível que não seria honroso realizar o mesmo em outro local que não fosse o Prédio Administrativo do Senado, chegamos a um momento muito importante e significativo na profecia. Quando o Presidente dos Estados Unidos pode levar o papa à Casa Branca e ao Prédio Administrativo do Senado, para discutir um dia nacional de descanso, chegamos ao ponto no qual a besta está a ponto de se revelar. 'Eu estarei lá', disse o Senador Byrd, 'e também Nancy (se referindo à Senadora Nancy Pelosi), pois queremos ouvir em primeira mão o que o papa Bento XVI quer de nós'.
Pastor Fine teve a oportunidade de falar a respeito do sábado com aqueles que estiveram no encontro secreto com o cardeal do Vaticano. Ele mostrou sua identificação pessoal de lapela que o apresentava como Adventista do Sétimo Dia e disse, 'As coisas não mudaram em nada. Sou um adventista do sétimo dia. Me tornei num Adventista do Sétimo Dia porque o sábado é o único dia que Deus abençoou expressamente. Deus abençoou três coisas, o homem, o reino animal e o sábado. O domingo jamais foi abençoado de nenhuma forma. O ato de abençoar algo, declara que a coisa abençoada tem algo especial, designada por Deus. Deus abençoou e santificou o sábado e não o domingo.
A Christian Coalition e as outras organizações presentes fizeram circular um comunicado logo após seu encontro secreto com o cardeal. Antes de tudo, todo o texto teve se der aprovado pelo Vaticano. O texto aprovado foi designado especificamente para agitar o assunto da guarda do domingo. Repare que ele inicia de tal forma a manter seu autor em segredo. O texto a seguir, do 5º volume dos Testemunhos para a Igreja, pág. 449, deveria nos lembrar sobre a verdade disso. 'Igreja e Estado estão agora fazendo preparativos para o conflito futuro. Protestantes estão trabalhando disfarçadamente para trazer o domingo para frente, assim como fizeram os romanistas'.
Repare agora nos texto produzido após essa reunião:
'Release Oficial
'Neste release não deve ser incluído o nome de qualquer pessoa em nenhuma parte, relacionando-a a qualquer pessoa ou Instituição. Este é um sumário de 16 de novembro de 2007.
''O Senhor destruirá aqueles que destroem a Terra' (Apocalipse 11:18), juntamente com o lodo moral da América. Conclamamos os integrantes da Christian Coalition of America-CC (Coalisão Cristã da América), e da Catholic Campaign for América-CCA (Campanha Católica Pela América) em nossa luta espiritual para salvar a América, o segundo Israel. Devemos trabalhar em conjunto para frearmos a crise de tão grotesca negligência das verdades Bíblicas e ajudar América e às nações do mundo a atentarem ao que está acontecendo e só continua a piorar cada vez mais. Essas crises apenas aumentarão nos Estados Unidos, o segundo Israel da profecia bíblica. O Senhor permitirá que venham mais ataques terroristas e eles aumentarão, assim como nos dias do Antigo Testamento aumentaram contra o primeiro Israel. O Senhor permitirá que os inimigos do segundo Israel levantem as pessoas de formas inusitadas e inesperadas. Agora, o aquecimento global, icebergs e geleiras derretendo, falta de água, pessoas pobres passando fome e morrendo aos milhões, a desonra trazida sobre o dia do Senhor, pelos mega shopping centers, vários eventos desportivos, todos tripudiando o dia do Senhor irresponsavelmente. Nossos líderes no governo, nossos líderes religiosos, que verdadeiramente se preocupam com tudo isso, precisam protestar contra todas essas imoralidades. Se não fizermos nossa parte, em breve será tarde demais. O dia do Senhor precisa ser protegido e apoiado por pessoas responsáveis. Se não nos importarmos e entendermos, uma crise de imensa magnitude em breve se apoderará de nós. Precisamos orar e trabalhar e proteger todo esforço que vise proteger o dia do Senhor. Precisamos, mais do que nunca, trabalhar conjuntamente, para adiar ao máximo o 'dia da ira do Senhor'. Precisamos mostrar ao nosso Senhor que sabemos trabalhar em conjunto na proteção do Seu santo dia de culto. A menos que trabalhemos juntos, para revertermos a crise, ela certamente virá'.
Repare que esse comunicado da Christian Coalition usa as mesmas palavras que o cardeal do vaticano usou no encontro secreto, como 'lodo imoral', 'América, o segundo Israel', 'Precisamos mostrar ao nosso Senhor que sabemos trabalhar em conjunto...', etc. repare também que a ênfase do comunicado é a mesma dada pelo cardeal – a 'proteção do dia do Senhor'. Os evangélicos estão recebendo lições de Roma, tanto quanto instruções. Eles a copiam. Eles criaram um espelho para ela. Roma tem quase 2.000 anos de experiência nesse processo de unir Igreja e Estado e eles estão treinando líderes não católicos em como construir seu império político.
O Pastor Fine acha que um comunicado oficial sobre a urgente necessidade de proteger o assim dito dia do Senhor como um dia nacional de culto, será apresentado diante do Congresso e de congressistas algum tempo após sua visita ao Senado no dia 17 de abril de 2008. Portanto, fique ligado.
Roma e as igrejas ecumênicas sabem que o medo, o pânico, induzirão as pessoas à ação. Eles estão manipulando o medo quanto às mudanças globais no clima, o medo do terrorismo, medo dos julgamentos vingativos de Deus, etc., para levar as pessoas a concordar que elas precisam fazer algo para deter a onda de imoralidade nos Estados Unidos para que possam voltar ao favor de Deus.
A mesma coisa acontecerá com outros países. 'O que os Estados Unidos faz, é imitado pelos outros países', disse o cardeal. Enquanto a maioria dos países não concordam com os Estados Unidos em suas agendas particulares, neste ponto sabemos que todo o mundo vai se maravilhar após a besta. E que os Estados Unidos farão todo o mundo adorar a primeira besta, que fora ferida pela espada e vivera (Cf. Apocal. 13:14).
Meus amigos, precisamos estudar o livro do Apocalipse juntamente com o Espírito de profecia. Se você quer entender rapidamente o que tudo isso significa, vá á sua cópia do livro O Grande Conflito dos Séculos e leia suas últimas 250 páginas. Você descobrirá como ele iluminará seu caminho. Apesar de sua autora estar morta, ela continua falando poderosamente a esta geração. Pastor Fine diz: 'A Igreja e o Estado precisa se amalgamar para que possam legislar e dominar'.
Mas existe uma descrição do povo de Deus destes dias, no segundo volume do Testemunhos para Ministros, pág. 337. 'Homens e mulheres estão nas últimas horas de provação e quão descuidosos são; eles estão se mantendo em estado de sonolência. Pregadores sonolentos pregando para pessoas sonolentas'. Isso é incrível, meus amigos. Aqui estamos nós no momento exato que a profecia anunciou, no próprio ápice da história. No entanto, o povo de Deus não está pronto para o desafio. Oh, meus irmãos e irmãs, preciso do poder de Deus em minha vida, e você não? Você não quer correr o risco de perder a chuva serôdia. Este é o tempo apontado por Deus para clamarmos por pureza como nunca antes o fizemos. Este é o momento para ansiosamente buscarmos o poder de Jesus. Agarre-se a Jesus Cristo, meu amigo. Seu destino eterno depende disso.
Meus amigos, a Marca de Besta virá em breve. É a observância do falso sábado estabelecido por Roma e copiado pela América e seus líderes religiosos. O fim virá mais rapidamente do que somos capazes de entender. A crise virá com tamanho poder e uma surpresa de tirar o fôlego, a tal ponto, que será tarde demais para muitos que estão dormindo espiritualmente ou que são espiritualmente preguiçosos. Será tarde demais para fazer restituição ou dar a volta. Ouça esta declaração do 8º volume do Testemunhos para a Igreja, pág. 28: 'A transgressão quase alcançou seu limite. Confusão enche o mundo e um grande terror está a ponto de cair sobre a raça humana. O fim está muito próximo. Nós que conhecemos a verdade, deveríamos estar nos preparando para o que está para cair em breve sobre o mundo como uma surpresa insuportável'.
É assim que devemos nos preparar. Este texto é de Profetas e Reis, pág. 626: 'Os cristãos devem estar-se preparando para aquilo que logo irá cair sobre o mundo como terrível surpresa, e esta preparação deve ser feita mediante diligente estudo da Palavra de Deus e pelo levar a vida em conformidade com os seus preceitos. As tremendas questões da eternidade demandam de nossa parte algo mais que uma religião de pensamento, uma religião de palavras e formas, onde a verdade é mantida no recinto exterior. Deus pede um reavivamento e uma reforma.'.
Você está conformando sua vida aos preceitos bíblicos? Você está abandonando todo pecado para que você seja capaz de viver para Jesus a cada momento? Por favor, por favor, dê os passos necessários para preparar sua mente e seu caráter para essa crise que será quase insuportável.
Queridos amigos, o movimento pelo Decreto Dominical está abrindo seu caminho nas trevas e por meio de enganos. Por favor, não deixe para depois a certeza de sua salvação. Este é o tempo para expulsar toda mundanidade de sua mente. Este é o momento para descobrir como ter o Espírito Santo em sua vida a cada momento. Você não poderá aprender sobre isso no último minuto. Este é o momento para você entregar seu coração e alma sem reservas a Jesus Cristo, para que Ele possa fazer amadurecer seu caráter de tal forma que, na crise que está por vir, você se encontre com o seu Salvador.
Inclinemos nossas cabeças em oração e peçamos a Jesus que Ele nos ajude a estar completamente sob o controle do Espírito Santo. Nosso querido Pai que está no céu. Nós Lhe agradecemos por dar-nos um tempo de provação. Obrigado por advertir-nos quanto ao que está por vir a este mundo. Pai, nós Lhe pedimos que nos envie Seu Santo Espírito, para que possamos discernir os sinais dos tempos e nos preparemos para a tremenda crise que está chegando. Eu peço que nos ensine a como nos preparar mediante o estudo de Sua Santa Escritura e pela oração fervorosa e oportuna, para que obtenhamos poder contigo. Precisamos de Sua vitória, em nossas vidas, sobre as tentações de Satanás. Por favor entre em nossas vidas e nos transforme à Sua

O Diálogo Católico- Pentencostal no Brasil

Encontrei uma materia interessante em um site catolico (CNBB) que versa sobre ecumenismo.
É o cumprimento daquilo que nós ja pregavámos a mais de cem anos.
Leia voce mesmo e tire suas conclusões. (compare com o que está escrito no livro O Grande Conflito Pag. 588 a materia começa com a frase- mediante dois erros...
_-"peço permisão ao autor do site e da materia, para eu transcreve-la neste espaço, como não o conheço e esta postado para leitura pública, espero que o mesmo não se aborreça em eu dar mais divulgação à sua matéria".
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O Diálogo Católico-Pentecostal no Brasil
Entre desafios e possibilidades


Dr. Pe. Marcial Maçaneiro, SCJ

1. Herança histórica

Para entender as dificuldades e também as oportunidades do diálogo católico-pentecostal no Brasil, faço um breve recuo no tempo. O cristianismo brasileiro tem uma matriz ibérica, na sua maior parte, originária das missões portuguesas no chamado “novo mundo”. Era o período da Contra-Reforma e da implantação da catequese tridentina. No curso dos séculos, vieram ao Brasil os jesuítas, carmelitas, franciscanos e dominicanos. Contudo, por causa da imensidão do país e dos reveses políticos, a pregação e a catequese não tiveram uma história linear: foram interrompidas e adaptadas, deixando lacunas na evangelização do país. Havia muito catecismo e pouca Bíblia na mão do povo. Grande parte das comunidades sofria ausência do presbítero. A visão de Igreja era marcada pelo regime do Padroado: a Coroa Portuguesa e seus representantes no Brasil administravam o setor religioso e, inclusive, indicavam os Bispos para as dioceses da Colônia. As Ordens Terceiras carmelitanas e franciscanas disputavam prestígio e reconhecimento público, com sua devoção barroca, colorida e exuberante nos campos, vilas e cidades.

Ainda hoje, o catolicismo brasileiro é marcado por essa herança: visão monárquica da Igreja; devoções populares autônomas; insuficiente conhecimento bíblico; tendência ao moralismo religioso; culto a alguns santos e títulos da Virgem Maria de estilo mágico e, por vezes, sincrético. É o que chamamos “catolicismo popular”.

O tempo passou e veio o Concílio Vaticano II. A Igreja respirou ares novos, retornando às fontes genuínas da fé. Começou um grande movimento (ainda em curso) de aplicação do aggiornamento conciliar nas terras brasileiras. Emerge a Ação Católica, a Bíblia é amplamente divulgada, os leigos assumem postos de liderança, crescem as vocações autóctones, renovam-se a catequese e a liturgia, aprimora-se a formação do clero, estimula-se uma Igreja toda missionária e ministerial.

Contudo, a cada ano que passa, temos uma geração cada vez mais distante do Concílio Vaticano II. A essa distância se acrescentam a desagregação da família, o aumento da violência urbana e o subjetivismo exacerbado no campo religioso. Resultado: a recepção do Vaticano II no Brasil ainda não se concluiu e já vivemos cenários novos e desafiantes!

Esta situação influencia diretamente os programas pastorais da Igreja Católica e interfere nas relações da Igreja com a sociedade em geral e com as demais Igrejas Cristãs. Apesar das experiências de diálogo ecumênico (algumas consolidadas) há ainda muita estrada a percorrer! Pois, no imenso cenário brasileiro, ainda resiste o clima polêmico da Contra-Reforma, com católicos agarrando-se às suas devoções (assumidas como elementos de identidade), e – do outro lado – evangélicos que agem como se ainda estivéssemos no século XVI: agridem o Papa, acusam a Igreja Católica de ignorância bíblica e de idolatria. Onde falta conhecimento doutrinal e educação para o diálogo, constatamos (de ambas as partes) que o clima de disputa persiste.



2. Cenário desafiador

Aos elementos históricos e eclesiais vistos antes, se acrescentam quatro fatores mais recentes no cenário religioso brasileiro:

Missão evangélica anti-católica: as missões protestantes que vieram para o Brasil – do século XIX até as free churches mais recentes – assumiram um espírito fortemente anti-católico. Afinal, elas aportavam num país com herança do Padroado, onde o catolicismo era “religião de Estado”, repleto de devoções e sincretismos considerados anti-bíblicos. Tinham ante os olhos toda uma nação para converter. Hoje, o meio pentecostal brasileiro ainda cultiva o discurso proselitista, embora menos agressivo e com crescente respeito pela identidade católica.

Assimilação mercadológica da religião: aqui, há um verdadeiro domínio do mercado sobre a religião. Grande parte das comunidades pentecostais e neo-pentecostais assumem a Teologia da Prosperidade, que faz dos bens materiais um sinal evidente da bênção divina. Num país com imensa camada populacional carente (migrantes, desempregados, doentes, moradores de rua, trabalhadores sem-terra) é claro que a pregação pentecostal de prosperidade atrai, e muito. Neste campo, é difícil discernir entre o anúncio da libertação cristã e a proposta de uma religião mercadológica, na qual Deus aparece como garantia de riquezas e vitória material.

Manifestações de fundamentalismo: seja do lado católico, seja do lado evangélico, emerge certo fundamentalismo. Os pentecostais procuram seguir a literalidade das Escrituras, embora isso não lhes garanta consenso. Já algumas manifestações católicas assumem elementos secundários da fé (devoções, símbolos, práticas locais) como se fossem elementos primários: assim, configura-se um “fundamentalismo católico” que usa elementos do catolicismo tradicional, não com finalidades espirituais, mas com finalidades identitárias. Pois uma coisa é expressar a devoção a Maria nos termos bíblicos e tal como o Magistério propõe; outra coisa é transformar Maria em bandeira de batalha anti-protestante. Nos dois casos – evangélico e católico – o discernimento da identidade cristã, nos seus elementos fundantes legítimos, será antídoto pastoral ao fundamentalismo.

Trânsito religioso: o subjetivismo pós-moderno, de um lado, e a variada oferta de opções religiosas, de outro, favoreceram no Brasil o fenômeno do “trânsito religioso”. Há um acelerado ir e vir das pessoas nas diferentes Igrejas. Em menos de dez anos, a população católica diminuiu 10% do seu total. Contudo, a maioria dos que se declaram “evangélicos” (sem distinção entre protestantes e pentecostais) não têm pertença religiosa estável, mas transitam de uma denominação a outra.

Esses quatro fatores dificultam o diálogo católico-pentecostal. As posições se polarizam, cresce o medo de perder fiéis para a outra denominação e as pessoas envolvidas nesse contexto dificilmente se abrem ao diálogo. Aliás, se fecham de tal modo que, mesmo do lado católico, se tornam indiferentes a qualquer apelo de reflexão ecumênica. Repetem citações selecionadas do Magistério em tom apologético, esquecendo que o mesmo Magistério insiste no compromisso ecumênico em vários documentos (Unitatis redintegratio, Ut unum sint e todas as declarações ecumênicas que a Igreja Católica assinou, resultantes dos diálogos bilaterais).



3. Sinais de esperança

Uma primeira estratégia, já em curso, é investir na formação ecumênica dos agentes eclesiais: clero, laicato e vida consagrada. Apesar dos aspectos negativos acima apontados, o diálogo ecumênico se impõe historicamente como fato incontornável para a Igreja de hoje. Não é por causa do proselitismo anti-católico ou do catolicismo da Contra-Reforma que nós – cristãos do novo milênio – vamos abandonar o compromisso batismal de promover a unidade da Igreja! Ao contrário: os agentes de diálogo ecumênico persistem e se fazem ouvir, organizados em núcleos, escolas de ecumenismo, encontros regionais, movimentos de base e uma agenda dinâmica. Ainda são poucos, se consideramos a imensidão do Brasil e a autonomia das dioceses, que podem apoiar ou simplesmente tratar a causa ecumênica com indiferença.

A Conferência episcopal brasileira (CNBB) insiste na formação e prática ecumênicas, através da Comissão Episcopal para o Diálogo Ecumênico (que responde também pelo diálogo inter-religioso). Esta Comissão é organizada em nível nacional, com três Bispos, um teólogo perito e um grupo de reflexão, mais amplo e estratégico, formado por oito especialistas no campo ecumênico. Esta Comissão presta assessoria, publica material formativo, organiza encontros, forma novos agentes ecumênicos e mantém contatos regulares entre a CNBB, as demais Igrejas, os organismos ecumênicos do Brasil e os Conselhos de Igrejas (CONIC, CLAI e CMI).

Aos poucos, a formação e prática ecumênica conquista terreno nas dioceses, Institutos Teológicos e pastorais organizadas. Isso configura um cenário de contrastes na Igreja do Brasil: de um lado, setores indiferentes ao ecumenismo; de outro, iniciativas de diálogo e educação ecumênica. Por vezes, o contraste é gritante, quando constatamos dioceses vizinhas com posturas totalmente distintas em relação ao ecumenismo.

Há o exemplo edificante de Bispos que criaram Escolas de Ecumenismo ou um programa de formação que se renova a cada ano, educando leigos e presbíteros para a ação ecumênica. Além disso, algumas pastorais organizadas são de fato ecumênicas, sem nunca ter se falado em ecumenismo. É o caso da Pastoral da Criança, da Pastoral dos Migrantes, da Pastoral dos Direitos Humanos e dos projetos da Comissão Brasileira de Justiça e Paz. Não realizam o ecumenismo doutrinal, mas sim o ecumenismo de sujeitos: atuam lado a lado, católicos, evangélicos e pentecostais, no esforço conjunto de edificar uma sociedade justa, pacífica e solidária.

Além disso, a Conferência episcopal brasileira compreende que o ecumenismo é uma realidade transversal: não se restringe à Comissão responsável pelo diálogo, mas atravessa (literalmente) os demais setores da evangelização, como a Catequese, a Formação Bíblica, a Pastoral Familiar, a Pastoral da Educação e Cultura, da Juventude e o inteiro campo de atuação do laicato brasileiro. Muitas vezes, há intercâmbio de agenda entre os responsáveis pelo ecumenismo e os demais setores da CNBB.



4. Diálogo católico-pentecostal

Na agenda ecumênica do Brasil, temos algumas iniciativas de aproximação de líderes católicos, evangélicos e pentecostais. Em algumas cidades, realizam-se encontros de padres e pastores. Em outras, o Dia da Reforma promovido pelos protestantes acolhe também convidados católicos, superando aos poucos o tom polêmico daquela data. Enquanto algumas dioceses continuam indiferentes ao ecumenismo, em outras há espaço e aprovação do Bispo para que os agentes ecumênicos atuem, organizando o Movimento Ecumênico local.

Destaca-se nesse campo, o MOFIC – Movimento de Fraternidade de Igrejas Cristãs, que agrupa católicos, protestantes e ortodoxos, no Estado de São Paulo. Também algumas Faculdades de Teologia colaboram, abrindo espaço acadêmico para o encontro de líderes católicos, evangélicos e pentecostais. É cada vez maior o número de pastores protestantes matriculados no Mestrado e no Doutorado em Teologia das Universidades Católicas. Isto aproxima os líderes e favorece uma plataforma doutrinal e convivial importante para o futuro diálogo entre as Igrejas.

Recentemente, surgiram cinco iniciativas diretamente ligadas ao diálogo católico-pentecostal:

A primeira, promovida pelo CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, que tem convocado as lideranças ao diálogo, oferecendo espaço, apoio e assessoria qualificada. No Seminário sobre Ecumenismo e Missão (comemorativo dos 25 anos de fundação do CONIC) o pentecostalismo foi contemplado como tema de estudo.

Temos também o encontro de católicos e pentecostais no Rio de Janeiro, animado pela Comunidade Bom Pastor. Esta comunidade, de vida carismática, sente-se chamada por vocação ao serviço da unidade dos cristãos.

Outra iniciativa, de âmbito pastoral e fraterno, é o contato entre católicos e pentecostais animado pelo Bispo Dom José Palmeira Lessa, da diocese de Aracaju – Nordeste do Brasil: a postura alegre e competente deste pastor quebrou barreiras e abriu possibilidades de diálogo e estima entre as confissões cristãs locais.

Grupo de Diálogo Católico-Pentecostal em Florianópolis, sul do Brasil, assessorado pelo teólogo Pe. Elias Wolff.

Grupo de Diálogo Evangélico-Católico-Pentecostal em Taubaté, próxima de São Paulo, assessorado pelo teólogo Pe. Marcial Maçaneiro (este dehoniano que vos escreve). Neste Grupo reúnem-se lideranças do Rio de Janeiro e cidades do Vale do rio Paraíba, por motivos de proximidade geográfica.

Quais Igrejas pentecostais têm participado? De modo mais freqüente, as Igrejas Assembléia de Deus, Evangelho Quadrangular, Metodista Wesleyana, Evangelho Pleno e O Brasil para Cristo. Contudo, os participantes não representam a “instituição” à qual pertencem, e sim a “experiência” de suas Igrejas. Por que? Porque as Igrejas pentecostais não se declaram oficialmente ecumênicas. Não há nenhum documento ou acordo estabelecido neste sentido. Há apenas a abertura pessoal dos líderes, de fato pioneiros, que superaram a postura polêmico-proselitista e acreditam sinceramente na causa da unidade dos cristãos. Em geral, a agenda do diálogo católico-pentecostal, no Brasil, prioriza a fraternidade, o conhecimento recíproco e o discipulado cristão. Dá-se grande valor à espiritualidade, ao testemunho e à experiência de vida nova no Espírito Santo. Ainda não há plataforma para o estudo teológico: este virá a seguir, quando os laços de confiança permitirem. Além disso, boa parte das Igrejas pentecostais ainda está definindo seu código doutrinal – coisa que também nós católicos levamos séculos para construir.



5. O “1º Encontro brasileiro Católico-Pentecostal”

O “1º Encontro de Irmãos Evangélicos e Católicos” acontecerá neste ano de 2008, de 30 de Abril a 1º de Maio, 2008 – na cidade de Lavrinhas, SP (Brasil). Abaixo, a carta-convite com as motivações e percurso antecedente do evento:

“Graça e paz em Jesus, nosso Senhor!

O propósito da presente comunicação é convidá-lo a participar de um Encontro Fraterno entre Católicos e Evangélicos que têm experimentado uma renovação em suas vidas e ministérios, mediante a efusão do Espírito Santo. O encontro se realizará de 30 de abril a 1º de maio de 2008, na sede da Comunidade Canção Nova em Lavrinhas - SP, com o tema: “Pai, que todos sejam um” (cf. Jo 17,21).



Sob o sopro do Espírito

Na década de 1960, começou o derramamento do Espírito Santo tanto entre Evangélicos tradicionais como entre Católicos. Naqueles anos, muitos de nós experimentamos uma verdadeira comunhão espiritual com irmãos católicos e com evangélicos de diferentes denominações. Nos últimos anos, o Senhor tem voltado a renovar essa comunhão espiritual nos países como Itália, Argentina, Estados Unidos, Índia e outros. Na Argentina, os irmãos que coordenam este movimento acharam por bem chamá-lo de CRECES – Comunhão Renovada entre Evangélicos e Católicos no Espírito Santo. Deus usou Matteo Calisi, um dos líderes leigos da Renovação Carismática Católica em nível internacional, e o Pastor Giovanni Traetino, ambos italianos e amigos entre si, como uma ponte para construir estas relações.



Encontro fraterno de oração e louvor

No Brasil, esta iniciativa surge espontaneamente e de um modo informal, a partir dos contatos de Matteo Calisi com diferentes líderes e presbíteros católicos, e dos contatos de vários pastores – como Pr. Jorge Himitian, que é um dos líderes da renovação no âmbito evangélico, tanto na Argentina como no Brasil. O encontro não terá um caráter oficial, mas fraterno. Queremos orar e louvar a Deus juntos, sob a inspiração do Espírito Santo, compartilhando nossas experiências e ouvindo a Palavra de Deus.



Muitos carismas, um só louvor!

Para guiar-nos na reflexão bíblica, formou-se uma comissão preparatória, com membros de Confissões cristãs e comunidades carismáticas do Brasil, Argentina e Chile, além de Matteo Calisi, da Itália (já mencionado). Sua participação – incluindo logística e refeições, além da riqueza espiritual do evento – corresponde ao investimento total de R$ 160,00 (cento e sessenta reais). Ore nesta intenção, com discernimento e coragem no Senhor! Para participar envie ficha de adesão (em anexo) para:

Mons. Jonas Abib

Comunidade Canção Nova

Fone-Fax: (55) (12) 3186-2078

E-mail: assessoriapejonas@cancaonova.com)



Na esperança de sua resposta, agradecemos sinceramente e apresentamos os nossos distintos obséquios, em nome dos amigos deste 1º Encontro de Irmãos Evangélicos e Católicos.



Pastor Jamê Nobre

Comunidade Cristã Missionária (Jundiaí, SP)


Pastor Anésio Rodrigues

Comunidade Carisma (Osasco, SP)


Pastor Sergio Franco

Aliança Missionária de Discípulos (Rio de Janeiro, RJ)



Pastor Jorge Himitian

Pentecostal (Argentina)


Pastor Christian Romo

Pentecostal (Chile)


Sr. Matteo Calisi

Comunità di Gesù (Itália)





Sra. Angela De Bellis

Comunità di Gesù (Rio de Janeiro)


Sra. Doris Hoyer de Carvalho

Comunidade Bom Pastor (Rio de Janeiro)


Sr. Izaías de Souza Carneiro

Comunidade Coração Novo (Rio de Janeiro)”






A CNBB expressou apoio ao evento:



“Fiéis à oração de Jesus (cf. Jo 17,21) e acolhendo as orientações da Igreja na encíclica Ut unum sint e, mais recentemente, no Documento de Aparecida, recebemos com alegria o convite para participar do “1º Encontro de Irmãos Evangélicos e Católicos” (Lavrinhas, SP – 30 de abril a 01 de maio 2008).

O evento é promovido pela ação conjunta de Novas Comunidades católicas e representantes pentecostais. Do lado católico, temos o Sr. Matteo Calisi (Comunità di Gesù, Itália), a Sra. Doris Hoyer de Carvalho (Comunidade Bom Pastor, Rio de Janeiro) e o Sr. Izaías de Souza Carneiro (Comunidade Coração Novo, Rio de Janeiro). O monsenhor Jonas Abib oferece a hospitalidade da Comunidade Canção Nova, como anfitrião.

Superando décadas de distância, estes irmãos e irmãs sentiram profundamente o apelo do Senhor ao testemunho comum e discerniram que era o momento de reunir-se, para orar e ouvir a Palavra de Deus. Será um primeiro passo desse tipo no Brasil, semelhante ao que tem acontecido na Itália (Bari) e na Argentina (Buenos Aires) – sempre sob o olhar pastoral dos Bispos católicos.

Além de acompanhar a preparação do encontro, esta Comissão da CNBB estará presente no evento, com seu presidente Dom José A. Moura e seu assessor, Pe. Marcial Maçaneiro SCJ.

Sabemos que muitos desafios nos esperam no caminho da unidade. Mas não podemos recusar a graça do encontro, quando o Espírito de Deus move corações sinceros a fazê-lo. Foi assim na primitiva comunidade (At 2,46-47), no contato com Cornélio (At 10,34-36) e na relação de Pedro e Paulo com os gentios convertidos (Gl 2,14-16). Este encontro oferece a oportunidade de viver uma experiência de reconciliação, fundada no Batismo e na vida da graça que todos nós recebemos.

Convidamos você e sua Comunidade a orar e discernir o convite, como fizemos nós, com fé e coração generoso. Esperamos encontrá-lo em Lavrinhas!



Dom José Alberto Moura

Presidente”





6. O “ministério da reconciliação”

Como já sabemos por experiência e discernimento, o cenário de divisão entre os cristãos não será superado apenas pelo diálogo doutrinal. Incluem-se na tarefa da unidade também o perdão entre pessoas e Igrejas, a oração perseverante e o testemunho conjunto das virtudes teologais. Justamente por ser complexo e eminentemente espiritual – no sentido de “conduzido pelo Espírito Santo” – o diálogo ecumênico só avança entre sujeitos eclesiais com certa maturidade de fé. Para isso, é imprescindível que se prossiga na estrada aberta pelo Concílio Vaticano II, quando nos propõe uma eclesiologia de comunhão. Desde Paulo VI e João Paulo II, o diálogo ecumênico cresceu passo a passo com a consciência de que a unidade é um dom do Paráclito para a inteira communio do Corpo de Cristo – formado por todos os batizados, na e além da Igreja romana. Nossa esperança é que Bento XVI insista corajosamente nessa via. Se o Magistério pontifício ou episcopal negligenciar a eclesiologia de comunhão proposta pelo Vaticano II, corremos grave risco de retrocesso no caminho da unidade cristã.

Voltando à complexidade e espiritualidade do diálogo ecumênico, tem crescido ainda a consciência de que servir à unidade é um verdadeiro ministério do Povo de Deus. A promoção da unidade – que passa necessariamente pelo perdão e encontro dos batizados ainda divididos – é uma realização do que Paulo chamou “ministério da reconciliação” (2Cor 5,18). No Brasil, acreditamos que chegou o momento de explicitar a ministerialidade do ecumenismo entre as Igrejas, consolidando suas motivações e métodos a partir da Sagrada Escritura. O diálogo ecumênico não se restringe aos técnicos nem a uma mera dimensão da pastoral diocesana. É, antes, um ministério a ser assumido por todos os batizados.


Texto disponibilizado pela

COMISSÃO EPISCOPAL PASTORAL PARA O ECUMENISMO

E O DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO da CNBB


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