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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Lição da Escola Sabatina 2013 - 3° Semana - A criação concluída

A criação concluída


Casa Publicadora Brasileira



Sábado à tarde
Ano Bíblico: Gn 37–39

VERSO PARA MEMORIZAR: “Havendo Deus terminado no dia sétimo a Sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a Sua obra que tinha feito” (Gn 2:2).

Leituras da semana: Gn 1; Sl 8:3; Rm 8:19-22; Lv 11:14-22; Gn 2:1-3; Mc 2:28

A lição desta semana considera a breve descrição bíblica dos últimos três dias da criação e do repouso do sábado. Essa descrição é encontrada em Gênesis 1–2:1-3, mas existem numerosas referências a ela em outras partes das Escrituras. Um dos aspectos mais impressionantes do relato da criação é sua divisão em dias de criação. Por que o Senhor escolheu criar o ciclo de tempo de sete dias que chamamos de semana?

As Escrituras não respondem diretamente, mas podemos procurar indícios. Talvez o mais importante seja o próprio sábado, que reserva um momento especial para a comunhão entre Deus e a humanidade. Pode ser que Deus tenha estabelecido a semana para proporcionar um período de tempo adequado para o trabalho comum, mas com um período regular de tempo separado como lembrete de nosso relacionamento com Ele (Mc 2:28). Isso ajudaria os seres humanos a lembrar que Deus é o verdadeiro provedor e que somos totalmente dependentes dEle.

Seja qual for a razão, é evidente que o relato de Gênesis revela uma criação realizada com grande cuidado e propósito. Nada foi deixado ao acaso.

Domingo
Ano Bíblico: Gn 40–42

Sol, Lua e estrelas


1. Que ações são mencionadas no quarto dia da criação? Como devemos entender isso, especialmente em face da nossa atual compreensão do mundo físico? Gn 1:14-19


O quarto dia provavelmente tenha sido mais debatido do que qualquer dos outros seis dias da criação. Se o Sol foi criado no quarto dia, como foram produzidos os ciclos diários dos três primeiros dias? Por outro lado, se o Sol já existia, o que aconteceu no quarto dia?

A incerteza sobre os eventos do quarto dia da criação não surge de uma contradição lógica, mas de uma pluralidade de possibilidades. Uma possibilidade é a de que o Sol tenha sido criado no quarto dia, e a luz para os três primeiros dias tenha vindo da presença de Deus ou de outra fonte, como uma supernova. Apocalipse 21:23 se harmoniza com essa ideia, visto que o Sol não será necessário na cidade celestial, porque Deus estará ali. Uma segunda possibilidade é a de que as funções do Sol, da Lua e das estrelas tenham sido designadas nesse momento.

O Salmo 8:3 parece concordar com essa visão. O estudioso hebreu John C. Collins escreveu que o texto hebraico de Gênesis 1:14 pode permitir qualquer uma dessas duas possibilidades (veja John C. Collins, Genesis 1–4: A Linguistic, Litterary, and Theological Commentary [Gênesis 1–4: Um Comentário Linguístico, Literário e Teológico]; Phillipsburg, New Jersey; P & R Publishing Co., 2006, p. 57).

Uma terceira possibilidade é a de que o Sol já existisse, mas estivesse obscurecido por nuvens ou poeira vulcânica e não fosse visível ou totalmente funcional até o quarto dia. Essa possibilidade pode ser comparada com a condição do planeta Vênus, em que uma situação semelhante ocorre hoje.

O texto não parece apoiar claramente nem excluir nenhuma dessas interpretações, embora isso não impeça a manifestação de fortes opiniões sobre o tema. É provavelmente uma boa regra não dar a uma questão mais significação do que aquela que a Bíblia apresenta, e devemos reconhecer que nossa compreensão é limitada. Esse reconhecimento, especialmente na área da criação, não devia ser tão difícil de aceitar. Afinal, pense em quantos mistérios científicos existem atualmente, ou seja, eles estão aí para a investigação da ciência experimental, mas ainda permanecem mistérios. Algo encoberto tão longe no passado não seria muito mais misterioso?

Segunda
Ano Bíblico: Gn 43–45


Criação das aves e animais marinhos


2. Existe evidência bíblica para uma criação feita de modo aleatório? Gn 1:20-23


As águas e a atmosfera foram povoadas no quinto dia da criação. Muitos viram a relação entre o segundo e o quinto dia da criação. As águas foram separadas pela atmosfera no segundo dia, e ambas foram cheias de criaturas viventes no quinto dia. Os eventos da criação parecem ter ocorrido em uma sequência que reflete um padrão intencional, mostrando o cuidado e organização da atividade de Deus. Em outras palavras, nada no relato da criação oferece algum espaço para o acaso.

Note que tanto as criaturas das águas quanto as do ar são mencionadas no plural, indicando que uma diversidade de organismos foi criada no quinto dia. Cada ser criado foi abençoado com a capacidade de ser fecundo e se multiplicar. A diversidade estava presente desde o princípio. Não houve um único ancestral a partir do qual todas as outras espécies surgiram, mas cada espécie parece ter sido dotada com a possibilidade de produzir variedades de indivíduos. Por exemplo, mais de 400 espécies identificadas se desenvolveram a partir do pombo comum (http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_pigeon_breeds; acessado em 13/08/2012). Pelo menos 27 espécies de peixe-dourado são conhecidas. Aparentemente, Deus deu a cada uma de Suas criaturas o potencial de produzir grande variedade de descendentes diferentes, somando-se à diversidade da criação.

No verso 21, Deus viu que as criaturas que Ele havia feito eram boas. Isso indica que elas foram bem projetadas, eram atrativas aos olhos, livres de defeitos, e participavam harmoniosamente do propósito da criação.

Poucos seres vivos despertam mais nossa imaginação e admiração do que as aves. Elas são criaturas maravilhosamente planejadas. Suas penas são leves, mas fortes; rijas, mas flexíveis. As partes de uma pena de voo são mantidas juntas por complexos conjuntos de minúsculos filamentos que proveem uma amarração forte, mas leve. O pulmão de uma ave é projetado de modo a obter oxigênio quando inala e também quando exala. Isso proporciona o elevado nível de oxigênio necessário para um voo potente. Esse resultado é conseguido pela presença de bolsas de ar em alguns dos ossos. Essas bolsas atuam para manter o fluxo de oxigênio e, ao mesmo tempo, para tornar mais leve o corpo da ave, fazendo com que seja mais fácil manter e controlar o voo. As aves foram incrivelmente formadas.

Com tudo isso em mente, leia Mateus 10:29-31. Que conforto você pode encontrar nessas palavras?

Terça
Ano Bíblico: Gn 46, 47


Criação dos animais terrestres


De acordo com Gênesis 1:24-31, os animais terrestres e os seres humanos foram criados no sexto dia. Assim como existe uma correlação entre o segundo e o quinto dia, uma correlação também é vista entre a separação da terra e do mar, no terceiro dia, e a povoação da terra no sexto dia. Isso lembra novamente a sequência ordenada e intencional dos eventos da criação, coerente com um Deus de ordem (compare com 1Co 14:33).

Assim como aconteceu com as criaturas criadas no quinto dia, o texto indica que uma pluralidade de espécies foi criada no sexto dia da criação. Também foi criada uma diversidade de animais selvagens, rebanhos domésticos e répteis.

Não há um ancestral único de todos os animais terrestres. Em vez disso, Deus criou muitas linhagens distintas e separadas.

Note a expressão “segundo a sua espécie”, ou expressões semelhantes em Gênesis 1:11, 21, 24, 25. Alguns tentam usar essa expressão para apoiar a ideia de “espécies” fixas, uma ideia tirada da filosofia grega. Os antigos gregos pensavam que cada indivíduo fosse uma expressão imperfeita de um ideal imutável, conhecido como uma espécie. No entanto, a fixidez das espécies não é compatível com o ensinamento bíblico de que toda a natureza sofre com a maldição do pecado (Rm 8:19-22). Sabemos que as espécies mudaram, como expressam as maldições de Gênesis 3 (Ellen G. White escreveu sobre a “tríplice maldição” sobre a Terra – após a queda, após o pecado de Caim e depois do Dilúvio), e como pode ser visto nos parasitas e predadores que causam tanto sofrimento e violência. O significado da expressão “segundo a sua espécie” é mais bem compreendido quando se analisa o contexto em que ela foi usada.

3. Como a expressão “segundo a sua espécie”, ou uma expressão equivalente é aplicada em outros textos bíblicos? Como esses exemplos nos ajudam a entender essa expressão em Gênesis 1? Gn 6:20; 7:14; Lv 11:14-22


A expressão “segundo a sua espécie”, ou equivalente, não deve ser interpretada como uma regra de reprodução. Ao contrário, ela se refere ao fato de que havia diversos tipos de criaturas envolvidas nas respectivas histórias. Algumas traduções da Bíblia usam a expressão “de vários tipos”, que parece mais fiel ao contexto. Em vez de se referir à fixidez das espécies, a expressão se refere à diversidade de criaturas criadas no sexto dia. Desde o tempo da criação, tem havido muitos tipos de plantas e animais.

Quarta
Ano Bíblico: Gn 48–50


Trabalho acabado


Depois que a obra da criação foi concluída em seis dias (estudaremos a criação da humanidade posteriormente), encontramos a primeira menção bíblica ao sétimo.

4. Leia Gênesis 2:1-3. Observe especialmente o verso 1, que enfatiza a conclusão de tudo o que Deus tinha feito. Por que isso é tão importante em nossa compreensão do significado do sétimo dia?


Nesse texto, o termo hebraico para descanso é Shabat, intimamente relacionado com a palavra sábado. Ele indica a cessação do trabalho após a conclusão de um projeto. Deus não estava cansado nem com necessidade de repouso. Ele havia terminado Sua obra de criação; então, parou. A bênção especial de Deus repousa sobre o sétimo dia. O sábado não é apenas “abençoado”, mas também “santificado”, o que transmite a ideia de ser separado e especialmente dedicado ao Senhor. Assim, Deus deu um significado especial ao sábado no contexto do relacionamento entre Ele e os seres humanos.

5. De acordo com Jesus, qual é o propósito do sábado? Mc 2:27, 28


Observe que o sábado não foi feito porque Deus tivesse uma necessidade, mas porque o homem tinha uma necessidade, para a qual Deus fez provisão. No fim dessa primeira semana, Deus descansou de Seus atos de criação e dedicou Seu tempo ao relacionamento com Suas criaturas. Os seres humanos necessitavam de comunhão com seu Criador a fim de entender seu lugar no Universo. Imagine a alegria e admiração que Adão e Eva experimentaram à medida que conversavam com Deus e contemplavam o mundo feito por Ele. A sabedoria dessa provisão para o descanso se tornou ainda mais evidente depois do pecado. Precisamos do descanso sabático, para que não percamos a visão de Deus e para que não sejamos envolvidos pelo materialismo e excesso de trabalho.

Deus nos ordena dedicar um sétimo de nossa vida para a lembrança do ato de criação. O que isso deve nos dizer sobre a importância desse princípio? Como você pode aprender a ter uma experiência mais profunda e mais rica com o Senhor ao descansar no sábado como Ele fez?

Quinta
Ano Bíblico: Êx 1–4


O dia literal


6. Quais são os componentes dos dias da criação? Alguma coisa nos versos indica que esses não foram dias literais de 24 horas? Gn 1:5, 8, 31


A natureza dos dias da criação tem sido objeto de muita discussão. Alguns questionaram se esses foram dias normais ou se podem representar períodos de tempo muito mais longos. A descrição que o texto faz dos dias da criação responde a essa questão. Os dias são compostos por tarde (período escuro) e manhã (período de luz) e são numerados sucessivamente. Isto é, os dias são apresentados de uma forma que mostra muito claramente que eles têm a mesma forma dos dias que temos hoje, uma noite e uma manhã, um período de escuridão e um período de luz. É difícil ver como a declaração poderia ser mais clara ou explícita na descrição dos dias semanais. A repetida expressão “Houve tarde e manhã” enfatiza o aspecto literal de cada dia.

7. Que indicação temos de que todos os sete dias da semana da criação foram dias literais? Lv 23:3


Os antigos hebreus não tinham dúvida quanto à natureza do dia de sábado. Era um dia de duração normal, mas trazia uma bênção especial de Deus. Observe a comparação explícita da semana de seis dias de trabalho do Senhor com nossa semana de trabalho de seis dias, e a comparação correspondente do dia de descanso para Deus e para nós (veja também Êx 20:9, 11). Até mesmo muitos estudiosos que rejeitam a ideia de que esses foram dias literais costumam admitir que os escritores da Bíblia entendiam que o texto se referia a dias literais.

Muito importante para nosso relacionamento com Deus é nossa confiança nEle e em Sua Palavra. Se não podemos confiar na Palavra de Deus, em algo tão fundamental e tão explicitamente afirmado como a criação de Gênesis em seis dias literais, a respeito do que podemos confiar nEle?

Sexta
Ano Bíblico: Êx 5–8

Estudo adicional


Alguns apelam para textos como o Salmo 90:4 e 2 Pedro 3:8 ao argumentar que cada dia da criação na verdade representa mil anos. Essa conclusão não é sugerida pelo texto nem resolve o problema criado por aqueles que pensam que esses dias representam bilhões de anos.

Além disso, se os dias em Gênesis representassem longos períodos, poderíamos esperar encontrar uma sucessão no registro fóssil que coincidisse com a sucessão dos organismos vivos criados nos sucessivos seis “dias” da criação. Assim, os primeiros fósseis devem ser plantas, que foram criadas no terceiro “dia.” Em seguida devem ser os primeiros animais aquáticos e os animais do ar. Finalmente, devemos encontrar os primeiros animais terrestres. O registro fóssil não corresponde a essa sequência. Criaturas da água vêm antes que as plantas, e criaturas terrestres vêm antes das criaturas do ar. As árvores fósseis, primeiros frutos e plantas com flores aparecem depois de todos esses outros grupos. O único ponto de semelhança é que os seres humanos aparecem por último em ambos os relatos.

“Cada dia consecutivo da criação […] consistiu de tarde e manhã, como todos os outros dias que se seguiram” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 112).

“Mas a suposição dos incrédulos, de que a realização dos eventos da primeira semana exigiu sete períodos extensos e indefinidos, atinge diretamente o fundamento do sábado do quarto mandamento. Ela torna indefinido e obscuro o que Deus deixou muito claro. É o pior tipo de infidelidade, pois para muitos que professam crer no relato da criação, essa é uma infidelidade disfarçada” (Ellen G. White, Spiritual Gifts [Dons Espirituais], v. 3, p. 91).

Perguntas para reflexão
1. Por que é importante entender que a ciência, mesmo com todo o bem que ela faz, ainda tem muitas limitações?
2. Tudo que a ciência tem para estudar é um mundo caído, muito diferente, em muitos aspectos, da criação original. Por que é importante manter essa verdade sempre diante de nós?

Respostas sugestivas: 1. Deus estabeleceu o Sol, a Lua e as estrelas para separar o dia da noite e para marcar estações, dias e anos, bem como para iluminar a Terra. Não sabemos se a luz dos primeiros três dias da criação foi a luz do Sol, ou outro tipo de luz, mas isso para Deus não teria sido um problema. 2. Não, porque Deus ordenou que as águas e o firmamento se enchessem de criaturas viventes de variadas espécies, planejadas com muita criatividade. 3. O termo “espécie” se refere aos tipos básicos a partir dos quais se desenvolveram as subespécies identificadas atualmente. Isso mostra que Deus criou uma diversidade de “espécies” desde o princípio. 4. Em Sua obra, Deus não deixou nada incompleto. Ele criou tudo. O sábado é um tempo separado para celebrar a conclusão da perfeita criação de Deus. 5. O sábado foi feito por causa do homem, para benefício físico e espiritual da humanidade. 6. Noite e dia, parte escura e parte clara. Os versos indicam que esses dias foram literais, cada um deles tendo 24 horas. 7. Devemos trabalhar durante seis dias e no sétimo, descansar. Trata-se da semana literal, com dias literais.

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