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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O Mal dos Sermões Longos

Ellen White
(Do livro Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos Pág. 256)


Prezado Irmão ______:

Aqueles que vão ser porta-vozes de Deus devem saber se seus lábios foram tocados pela brasa viva do altar, e apresentar a verdade numa demonstração do Espírito. Mas discursos compridos são exaustivos para o orador e exaustivos para os ouvintes que têm de ficar sentados tanto tempo. A metade da matéria apresentada seria de maior benefício para o ouvinte do que a grande quantidade entornada pelo orador. O que é apresentado na primeira hora tem muito mais valor se o sermão termina aí do que as palavras que são proferidas na meia hora adicional. Há um sepultamento na matéria já apresentada.
Freqüentemente me tem sido revelado o assunto de que nossos pastores cometiam erro ao falarem tanto que apagassem a primeira impressão forte exercida nos ouvintes. Tão grande quantidade de matéria é apresentada, que provavelmente não podem reter ou digerir, e tudo parece confuso.
Tenho conservado isto diante dos meus irmãos do pastorado, e lhes tenho rogado que não se alonguem em seus discursos; algum melhoramento já se obteve nesse terreno com os melhores resultados. Mas alguns discursos têm passado de uma hora.
Quando estava na América do Norte foi-me comunicada luz no período da noite quanto a vós. Havíeis falado longamente e ainda julgáveis não haver dito tudo que queríeis, e estáveis pedindo mais um pouco de tempo. Alguém com dignidade e autoridade levantou-se diante de vós, enquanto estáveis no púlpito, e disse: Destes ao povo uma boa porção de matéria a considerar; a metade do que tendes dado seria muito mais proveitosa do que o todo. Uma vez revigorada pelo Espírito Santo, deve exercer impressão sobre o ouvinte humano. O Espírito Santo trabalha com o homem, mas se houver pontos vitais a salientar e que são essenciais para o ouvinte levar consigo, uma multidão de palavras apaga esta forte impressão ao derramar no vaso mais do que este pode conter e assim muito esforço é perdido. Reservar a outra metade para apresentar quando a mente estiver tão fresca que a possa receber, será ajuntar os fragmentos, para que nada se perca.
A verdade é um poder precioso e vitalizador. É a entrada da Palavra que dá luz e sabedoria aos símplices. A verdade deve ser apresentada de maneira clara, vigorosa e incisiva, para que possa impressionar o ouvinte. Quando a verdade, em qualquer ramo, é apresentada, é essencial que seja compreendida a fim de que todo o seu precioso alimento, o pão da vida, o maná do Céu, seja recebido. Ajunte-se todo o fragmento, para que nada se perca. Na apresentação da verdade ao pregar a Palavra, é importante que o ouvinte receptivo nada perca. O Senhor Jesus é representado pelo Espírito Santo, e está procurando conseguir admissão
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à mente, vindo convicção ao coração e consciência; mas o efeito da matéria excessiva é prejudicial, oblitera a impressão anteriormente feita. Falai pouco, e criareis o interesse de ouvir muitas vezes.
É especialmente uma verdade que temas novos e surpreendentes não devem ser apresentados ao povo de maneira demasiadamente longa. Em cada sermão feito seja aplicada uma verdade ao coração, para que todo aquele que ouvir entenda, e para que homens, mulheres e jovens se possam tornar vivos para Deus. Procurai levar todos, do menor ao maior, a examinar a Palavra; pois o conhecimento de Sua glória deve encher toda a Terra como as águas cobrem o mar.

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